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Na Netflix: o faroeste clássico que todo mundo deveria ver pelo menos uma vez Divulgação / Malpaso Productions

Na Netflix: o faroeste clássico que todo mundo deveria ver pelo menos uma vez

Em “O Estranho sem Nome”, Clint Eastwood filma um faroeste sobre memória, oportunismo e responsabilidade pública. A chegada de um forasteiro a Lago desnuda alianças frágeis, cumplicidades antigas e a fantasia de paz comprada. A fotografia de Bruce Surtees acentua o desconforto com luz dura e sombras que retêm a paisagem, enquanto a música de Dee Barton mantém um estado de alerta contínuo. O filme observa a distância entre contrato e consciência, expondo o preço social de aparências e omissões. Eastwood prefere silêncios, gestos e consequências palpáveis.

Netflix libera o filmaço de ação com Sandra Bullock e Cate Blanchett — seu fim de semana está salvo Divulgação / Warner Bros.

Netflix libera o filmaço de ação com Sandra Bullock e Cate Blanchett — seu fim de semana está salvo

Oito mulheres planejam um assalto em ambiente de luxo e celebridade, e a narrativa observa como cooperação, discrição e cálculo substituem força bruta. Gary Ross dirige com leveza e atenção às dinâmicas internas do grupo, em que cada habilidade ganha peso dramatúrgico específico. O humor aparece em notas curtas; o suspense valoriza o jogo de competências mais do que o risco físico. O filme espelha a cultura da visibilidade e sugere que prestígio social pode valer tanto quanto a recompensa em dinheiro.

O melhor lançamento da Netflix em 2025 — sufocante, implacável e de roer as unhas: um dos filmes mais apavorantes já feitos Eros Hoagland / Netflix

O melhor lançamento da Netflix em 2025 — sufocante, implacável e de roer as unhas: um dos filmes mais apavorantes já feitos

A nova ficção de crise aborda o poder em tempo real e observa como pessoas públicas calculam risco, lealdade e sobrevivência institucional sob pressão. O filme parte de um alerta estratégico e concentra-se no encadeamento administrativo que pode detonar uma resposta irreversível. Sem recorrer a fatalismo, constrói tensão com escolhas práticas de imagem e som, e encontra nos diálogos a arena para medir coragem e medo. Tema que atinge democracias armadas e burocracias civis em qualquer latitude.

Comédia genial de Adam McKay que é uma aula de capitalismo, na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Comédia genial de Adam McKay que é uma aula de capitalismo, na Netflix

Há um certo deleite perverso em assistir a um filme que transforma o colapso financeiro global em entretenimento. “Grande Aposta” não é apenas uma narrativa sobre a crise de 2008; é um espetáculo calculado que conjuga ironia e didatismo, quase como se Adam McKay tivesse decidido que a catástrofe econômica merecia não só ser compreendida, mas saboreada.

Você vai se emocionar com obra-prima de Steven Spielberg com Anthony Hopkins e Morgan Freeman, na Netflix Divulgação / DreamWorks Distribution

Você vai se emocionar com obra-prima de Steven Spielberg com Anthony Hopkins e Morgan Freeman, na Netflix

Quando a história escolhe revelar a brutalidade do passado, ela não pede licença: apenas nos atropela com sua verdade crua. “Amistad” não se detém em cortesias: nos joga no convés apertado do navio que levou africanos sequestrados de seu continente, nos confronta com o silêncio cúmplice dos observadores e nos obriga a sentir, ainda que desconfortavelmente, a indignação histórica que poucos filmes ousam encarar.