Filmes

Thriller social argentino, com Ricardo Darín, que é tesouro inestimável na Netflix Divulgação / Morena Films

Thriller social argentino, com Ricardo Darín, que é tesouro inestimável na Netflix

Na essência de “Elefante Branco”, Pablo Trapero compõe um retrato sem concessões da desigualdade social e da fragilidade das instituições, ambientado na favela Villa Virgen, nos arredores de Buenos Aires. O cenário de miséria, onde a marginalidade se entrelaça ao cotidiano, serve de pano de fundo para uma narrativa que evita maniqueísmos e paternalismos, apresentando seus personagens com uma densidade que transcende estereótipos. O título faz referência ao hospital abandonado que domina a paisagem e simboliza tanto a promessa fracassada do Estado quanto a impotência de qualquer iniciativa isolada diante do colapso social.

O filme que superou Senhor dos Anéis e se tornou o mais premiado da história do cinema, incluindo 7 Oscars em 2023, chegou ao Prime Video Allyson Riggs / A24

O filme que superou Senhor dos Anéis e se tornou o mais premiado da história do cinema, incluindo 7 Oscars em 2023, chegou ao Prime Video

Entre pilhas de recibos, roupas para lavar e uma vida que escapa por entre os dedos, Evelyn Wang lida com a sensação sufocante de estar sempre no lugar errado. Quando uma reviravolta cósmica a arrasta para o inesperado, sua rotina banal se desdobra em múltiplas realidades, e cada versão sua reflete uma escolha nunca feita. O que começa como um caos absoluto se revela uma jornada visceral sobre identidade, arrependimentos e a busca por significado.

Thriller policial francês que acaba de chegar à Netflix e precisa entrar agora para sua programação de Carnaval Laurent le Crabe / Netflix

Thriller policial francês que acaba de chegar à Netflix e precisa entrar agora para sua programação de Carnaval

O filme se insere confortavelmente dentro do subgênero PolAr, caracterizado pela fusão do realismo policial com uma abordagem estilizada da violência e da moralidade ambígua. Embora não traga inovações radicais, a direção de Marchal confere uma atmosfera crua e envolvente, destacando-se pelo ritmo tenso e pelas reviravoltas que mantêm o espectador atento. A trilha sonora surpreende ao incorporar faixas em alemão de Rebeka Warrior e da banda Kompromat, um toque inesperado que adiciona camadas à ambientação sombria do longa.

TOP1 mundial da Max: a aventura de Tolkien está de volta e vai hipnotizar por 134 minutos! Divulgação / Warner Bros. Pictures

TOP1 mundial da Max: a aventura de Tolkien está de volta e vai hipnotizar por 134 minutos!

Levar o universo de J.R.R. Tolkien para o cinema sempre foi um desafio que exige precisão e respeito à essência da obra original. “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim” abraça essa responsabilidade, mas escolhe um caminho singular ao apresentar a narrativa em formato de animação. Essa decisão, por si só, marca uma ruptura em relação às grandiosas adaptações live-action de Peter Jackson, tanto estética quanto narrativamente. Sob a direção de Kenji Kamiyama, cuja trajetória está fortemente ligada ao anime, o longa incorpora um estilo visual que pode soar deslocado para os fãs que associam a Terra-média ao realismo grandioso das trilogias anteriores.

A melhor estreia da Netflix em março: suspense com Aubrey Plaza é tão intenso quanto ler Dostoiévski em uma montanha-russa Divulgação / Netflix

A melhor estreia da Netflix em março: suspense com Aubrey Plaza é tão intenso quanto ler Dostoiévski em uma montanha-russa

Por que vigaristas são tão sedutores? Essa é a primeira pergunta que “Emily, a Criminosa” parece lançar ao rosto do espectador que, entre constrangido e admirado, terá de concordar com a premissa básica do filme de John Patton Ford. Admirado?! Isso mesmo. Além da pergunta sobre o provado encanto que trambiqueiros de toda natureza exercem em cidadãos de bem, sequer capazes de processar a ideia de erigir uma fortuna às custas do prejuízo de quem quer que seja, essa história, como tantas outras desse jaez, suscita muitas mais.