Crônicas

Matando cachorro a grito e a cacete de ferro

Matando cachorro a grito e a cacete de ferro

Não sou muito afeito a falar a verdade, mas, o fato é que a poesia não me afeta. Eu amo a mulher, criatura abjeta. Eu bato em mulher com os punhos cerrados, porrada na dose certa. Eu mato mulher quando erro a mão num mero acidente de percurso que sequer me desconcerta. Eu com certeza meto a colher em briga de casal até engrossar o caldo.

A mulher não nasceu para ser mãe, mas para ser o que ela quiser

A mulher não nasceu para ser mãe, mas para ser o que ela quiser

É normal ouvir de uma mulher mais jovem que ela não sabe se terá filhos, pois ainda há muito tempo para se decidir. Mas, cada vez mais, ouço, em meu consultório, mulheres jovens afirmarem, categoricamente, que não serão mães. Antes, o que parecia uma decisão somente de mulheres mais maduras, está deixando de ser um tabu: não é mais obrigação gerar outra vida.

Ela canta, dança e se automutila

Ela canta, dança e se automutila

Louca varrida. Criança oferecida. Escória. Inúmeras vezes, Camila já se adjetivou, impropriamente, sentindo-se culpada, suja, pensando em se matar. As câmaras frias dos necrotérios estão lotadas de gente que tinha o sangue quente. Ela ama a vida. Ela odeia a própria vida. São poucos os que compreendem tais sentimentos antagônicos. Muitos sequer conhecem o significado do vernáculo.

Matam-se poetas. Tratar aqui mesmo

Matam-se poetas. Tratar aqui mesmo

Anúncios desclassificados a quem interessar possam: Aluga-se um coração vazio, em regular estado de conservação. Solicita-se ligar somente os desinteressados. Precisa-se, com urgência, de pessoas com sangue nos olhos. Qualquer tipo serve, desde que não seja azul. Troca-se um 38 por um 69. Necessita-se de amor, urgente.