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A poeta que o Brasil deixou morrer em silêncio: prêmios não pagaram o aluguel, sopa fria e a palavra como único salário

A poeta que o Brasil deixou morrer em silêncio: prêmios não pagaram o aluguel, sopa fria e a palavra como único salário

Entre o quarto da Casa do Estudante e as salas da USP, Orides Fontela fez do rigor sua sobrevivência. Nascida em 1940, em São João da Boa Vista, atravessou censura, inflação e prêmios que não pagavam aluguel. Em 1996, diante das câmeras do SBT, preferiu pausas a anedotas. Em 1998, morreu em Campos do Jordão, reconhecida no último instante por um médico atento. Só depois, o país aprendeu o alcance de sua voz. Esta reportagem reconstrói a vida áspera que lapidou uma poesia de precisão e coragem, sem pedir piedade.

Rimbaud latino-americano: o menino que reinventou a música brasileira, reescreveu a poesia e morreu aos 28 anos

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Nasceu longe do centro e aprendeu cedo que a língua podia ser faca e festa. Adolescente, migrou em busca de cidades maiores, trouxe o ouvido alerta, a pressa nas veias. Descobriu que a canção também pensa, que a rua tem melodia, que a crítica pode dançar. Dividiu noites entre estúdios e redações, amigos e filmes, rascunhos e ensaios. Amou o país e o feriu com ternura, como quem limpa o vidro para ver melhor. Viveu rápido, escreveu intenso. Aos vinte e oito, inventou um fim; a obra continuou respirando ali.

A seleção masculina suprema da literatura brasileira de todos os tempos

A seleção masculina suprema da literatura brasileira de todos os tempos

Uma seleção literária brasileira de onze autores é apresentada com método verificável: participação de um físico, um historiador e o editor da revista Bula. A avaliação combina experiência de campo, especialização disciplinar e autoridade editorial, com critérios públicos, documentação de fontes, revisão cruzada e transparência de procedimentos. Contexto histórico, medições formais de estilo e impacto sociocultural são expostos com linguagem clara e humor contido. O leitor encontra decisões justificadas, rastreáveis e auditáveis, sustentadas por dados, datas e arquivo, reforçando confiabilidade, rigor e responsabilidade crítica. Clareza metodológica orienta escolhas e debate.

A escritora que o Brasil leu em segredo: vendeu mais de 1 milhão de exemplares, foi processada pela censura e morreu de câncer aos 69

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Entre a censura e a banca, Cassandra Rios disputou o país real, não o das vitrines, em diálogo com Hilda Hilst, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu, Carolina Maria de Jesus, Patrícia Galvão, Nélida Piñon, Plínio Marcos, Raduan Nassar, Nelson Rodrigues. Não por semelhança de estilo, mas por choque de presença: corpo, desejo, cidade. A reportagem segue a trilha das bancas, dos pareceres e da leitura silenciosa, para recolocar Cassandra Rios no centro do mapa literário que o próprio Brasil escreveu às escondidas, e pede leitura à luz.

O diário de Marie Curie revelou algo tão humano que mudou para sempre a visão de Rosa Montero

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Ao explorar diários e registros pessoais, uma escritora encontra ecos profundos entre sua própria vida e a trajetória de uma das maiores mentes da ciência. Luto, amor e perseverança se entrelaçam em uma narrativa que revela o lado mais humano de uma figura histórica, aproximando-a do leitor. Entre memórias dolorosas e momentos de ternura, surgem conexões inesperadas que unem duas mulheres separadas por décadas. O resultado é um retrato sensível e instigante, capaz de provocar reflexão sobre a força e a fragilidade humanas.