Na Netflix, uma história de amor delicada como um poema de Neruda — e com o mesmo poder de tocar aquilo que a pressa da vida esquece
Mais do que revisitar uma história já conhecida, o filme de Rodrigo Sepúlveda opta por desenterrar, com extrema delicadeza e rigor emocional, a potência transformadora da poesia em meio ao cotidiano mais árido. O reencontro entre Neruda e o carteiro Mario não é apenas um elo entre dois mundos distantes, mas a lembrança de que a linguagem pode ser refúgio, ponte, resistência e sopro de reinvenção interior.