Enquanto o cinema de ação atual recicla fórmulas esquecíveis, os streamings continuam a apostar nessa onda — afinal, ela atrai multidões. “Lift: Roubo Nas Alturas” não oferece inovação ou profundidade, mas entrega uma pausa vibrante da rotina. Kevin Hart lidera uma trama previsível, mas recheada de adrenalina e efeitos visuais, proporcionando uma fuga breve e frenética da realidade.
Com uma narrativa que pulsa em ritmo acelerado, repleta de diálogos incisivos e cenas que oscilam entre grandiosidade e melancolia, o filme encontra sua força no crescimento notável de sua protagonista. Emily Blunt domina a tela com uma performance cativante, transitando com maestria entre momentos de fragilidade e de poder. Sua personagem, Liza Drake, não apenas acompanha a narrativa; ela a eleva, especialmente nas transições dramáticas que conduzem a história rumo a um desfecho intrigante e multifacetado.
Marilyn Monroe brilhou com a intensidade de mil holofotes, mas foi consumida pelas chamas de suas próprias contradições. “Blonde”, dirigido por Andrew Dominik, mergulha profundamente em uma existência marcada pelo glamour ilusório e pela dor palpável. Nesta interpretação ousada, acompanhamos os bastidores sombrios da fama, onde a fragilidade humana colide com as exigências de uma sociedade voraz por suas estrelas.
“O Vento”, dirigido por Emma Tammi, explora os limites da sanidade e a brutalidade da solidão em um western de terror peculiar. Ambientado no isolamento implacável do Velho Oeste do século 19, a narrativa revela os horrores internos e externos que afligem um casal assombrado pela vastidão da pradaria e pelas sombras de uma religiosidade distorcida.
A narrativa inicia-se em 1941, com um plano em grande angular que exalta o céu majestoso da ilha de Guernsey, situada no Canal da Mancha. Contudo, essa paisagem idílica logo é perturbada pela ocupação nazista. Uma cena de interrogatório conduzida pelos soldados alemães rapidamente desfaz qualquer encanto inicial, estabelecendo o tom para uma história marcada pelo contraste entre beleza e brutalidade. É nesse contexto que Juliet Ashton (Lily James), uma escritora londrina cativante e complexa, surge como protagonista.
