5 filmes que mostram o melhor e o pior lado de Nova York, na Netflix

5 filmes que mostram o melhor e o pior lado de Nova York, na Netflix

Nova York é uma cidade tão pungente que nunca se contentou em ser cenário ou ambientação. No cinema, ela quer ser personagem. Cada esquina parece contar uma história. Por trás de cada rosto anônimo, uma tragédia ou redenção em potencial. Ao longo das décadas, as telas têm sido espelho dessa metrópole contraditória: um espaço de sonhos e desilusões, brilho e decadência, onde o extraordinário se mistura com o banal. Retratar Nova York não é descrever uma cidade, mas expor um retrato moral da modernidade.

No Mubi: a obra-prima de Krzysztof Kieślowski premiada no Festival de Berlim Divulgação / MK2 Productions

No Mubi: a obra-prima de Krzysztof Kieślowski premiada no Festival de Berlim

Segundo filme da Trilogia das Cores, de Krzysztof Kieślowski, “A Igualdade é Branca” narra a história de Karol (Zbigniew Zamachowski), um cabeleireiro polonês que vive em Paris e é casado com Dominique (Julie Delpy). No entanto, seu casamento desmorona porque a relação não foi consumada desde a troca de alianças. É que Karol não consegue ter uma ereção, deixando a esposa frustrada e brava. Ela exige o divórcio e fica com todos os bens dele, deixando-o na rua, sem até mesmo o passaporte para retornar à Polônia.

Poético e sensível, filme de Wim Wenders na Netflix é um agradecimento à vida Divulgação / Wenders Images

Poético e sensível, filme de Wim Wenders na Netflix é um agradecimento à vida

Indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional pelo Japão, “Dias Perfeitos” é dirigido não por um cineasta japonês, mas por Wim Wenders, nascido na Alemanha. Isso faz do longa-metragem o primeiro do país a ser indicado ao prêmio da Academia tendo sido dirigido por um não nipônico. Gravado ao longo de 17 dias, a ideia do enredo surgiu de um convite para que Wenders filmasse sanitários artísticos, o The Tokyo Toilet.

O melhor filme do último ano está no Prime Video Divulgação / A24

O melhor filme do último ano está no Prime Video

Toda criação cobra um preço quando depende de dinheiro alheio. A tensão entre autoria e patrocínio define escolhas que afetam família, trabalho e identidade porque o controle do projeto nunca é neutro. Quando a chance de recomeçar após a guerra chega pelo convite de um benfeitor, o protagonista encontra acesso a materiais e influência, mas cede parcelas de autonomia. Assim, cada avanço profissional altera o vínculo doméstico e o pacto com a própria história. O tema dramático nasce desse choque: como erguer uma obra e ainda reconhecer quem a assina.

A comédia romântica que mudou tudo — e lucrou dez vezes mais — acaba de chegar à Netflix Divulgação / Warner Bros.

A comédia romântica que mudou tudo — e lucrou dez vezes mais — acaba de chegar à Netflix

Rachel Chu, a protagonista de “Podres de Ricos”, nunca tinha se aprofundado nas enlouquecedoras reflexões acerca do vil metal, porém é forçada a entender desse universo depois que passa a saber que seu namora um ricaço. Baseado em “Asiáticos Podres de Ricos” (2013), o best-seller de Kevin Kwan, o roteiro de Peter Chiarelli e Adele Lim é um conto de fadas pós-moderno, com muito do encantamento de uma Hollywood pretérita. John M. Chu imprime essa aura de glamour mediante o amálgama de cores e brilho em exagero proposital, feito se os multimilionários do título compusessem uma espécie rara e até meio sanguinolenta, que não tolera intrusos. Não será assim mesmo?