5 livros que são o equivalente literário a um soco no estômago

5 livros que são o equivalente literário a um soco no estômago

Imagine-se confortavelmente instalado em sua poltrona favorita, com uma xícara de chá fumegante ao lado, pronto para mergulhar em uma leitura relaxante. De repente, a narrativa dá uma guinada inesperada, e você se vê emocionalmente abalado, como se tivesse levado um soco no estômago. Esses são os livros que não apenas contam histórias, mas também desafiam, provocam e deixam marcas profundas. Prepare-se para uma jornada literária que vai muito além do entretenimento.

O drama francês que emocionou Cannes chega ao Brasil e está partindo corações em silêncio Divulgação / Gaumont

O drama francês que emocionou Cannes chega ao Brasil e está partindo corações em silêncio

Ambientado no pós-guerra francês, “É Tempo de Amar” explora os abismos entre desejo e convenção a partir da união de uma mãe solteira marcada pela vergonha e um jovem intelectual dividido entre o afeto e a repressão. Com imagens que oscilam entre o lirismo e o desconforto, Katell Quillévéré conduz um drama íntimo e pungente sobre as camadas de silêncio, culpa e sobrevivência que sustentam o que se chama de amor.

Não confie em quem você ama

Não confie em quem você ama

Na manhã em que a campainha tocou, José Márcio calçou as sandálias e abriu a porta para o inesperado: um bebê abandonado, um bilhete enigmático e uma esposa tomada por uma ternura que não negociava com a razão. Entre a fé e o pavor, entre o instinto e o Código Penal, ele tentou resistir. Mas a vida, às vezes, se impõe com risos, espantos e quedas teatrais. Uma história que transita entre a comédia e a devoção, entre o surreal e o possível — onde nem tudo é o que parece, mas tudo, de algum jeito, é verdade.

Além das listas: a literatura na era digital do novo Brasil

Além das listas: a literatura na era digital do novo Brasil

A recente publicação da lista dos 25 melhores livros brasileiros do século 21 pelo jornal “Folha de S. Paulo” provocou um burburinho típico do nosso tempo. As indignações, os comentários precipitados, os rankings alternativos no X e o já tradicional “ninguém leu, mas todo mundo opinou”. Não era só uma lista colocada no debate público, mas também um diagnóstico, ainda que involuntário, de onde estamos culturalmente. A lista mostrou o que se escreve, como, quem escreve, lê e se sente autorizado a julgar.

Como ler uma cicatriz? — 4 narrativas sobre dor, cura e recomeço

Como ler uma cicatriz? — 4 narrativas sobre dor, cura e recomeço

Nem toda ferida cicatriza. Algumas se tornam linguagem. Outras, sombra. Há quem carregue o próprio trauma como escudo, há quem o oculte com cerimônia, mas poucos conseguem traduzi-lo com honestidade. Essas quatro narrativas não buscam heroísmo nem cura em linha reta — expõem o que arde, o que desestrutura, o que fica mesmo depois do fim. São histórias de dor sem maquiagem, escritas como quem sangra devagar. Leem-se como confissão, mas ecoam como oração. Porque às vezes sobreviver é uma forma íntima — e indizível — de literatura.