Ele tinha Alzheimer, mas se lembrava de um único livro todos os dias: Cem Anos de Solidão

Ele tinha Alzheimer, mas se lembrava de um único livro todos os dias: Cem Anos de Solidão

Elias foi diagnosticado com Alzheimer, mas nunca se ausentou por completo. Todos os dias pedia seu livro — “Cem Anos de Solidão” — e o abria na mesma página, como se ali estivesse ancorado. Ele não lia: habitava Macondo. Lembrava de seus personagens, sentia sua chuva interminável, caminhava em suas ruas de barro. Enquanto o mundo real se dissolvia, Elias permanecia lúcido onde todos já tinham enlouquecido. Esta é a história de um homem que, antes de esquecer tudo, fez morada na ficção e de lá nunca mais voltou.

A livraria mais bonita do mundo Foto / R.M. Nunes

A livraria mais bonita do mundo

Na Rua das Carmelitas, no Porto, uma porta vermelha revela mais que uma livraria: um templo de madeira e luz. A Livraria Lello não celebra apenas os livros, encarna a memória da leitura. Sua escadaria ondula como tempo líquido; seu silêncio impõe respeito. Fundada em 1906, resistiu ao esquecimento e passou por restaurações em 1995, 2016 e 2017. Turistas entram em fila, mas saem tocados. Ali, o livro não é mercadoria — é presença. A beleza persiste. A Lello não se visita, se vive.

3 melhores filmes de ficção científica na Netflix

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No cinema, foi durante a Guerra Fria que a ficção científica se transformou em um fenômeno de massa. Filmes como “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Star Wars” e “Blade Runner” permitiram que a tecnologia se expandisse nas telas, criando efeitos visuais cada vez mais impressionantes e refletindo as angústias existenciais de uma sociedade que viu a ciência evoluir em ritmo acelerado, capaz de destruir mundos em segundos, criar realidades virtuais, interligar o planeta em um clique e arquivar a memória humana em um chip.

5 filmes que vão te deixar prontíssimo para o fim do mundo (ou quase)

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Ameaças à existência humana não faltam. Além de a própria vida existir de maneira raríssima na Terra, vivemos sob risco constante de uma chuva de asteroides, colisões com outros planetas, bombas nucleares, ataques de mísseis, armas bioquímicas, ditaduras, entre outros perigos globais que colocam a nossa sobrevivência por um fio. Qualquer coisa pode acontecer. Literalmente. Do aquecimento global à escassez de água, disputas de poder entre políticos e autoridades religiosas, são muitas as situações temerosas que tiram o sono de qualquer ser humano em plena consciência.

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Clarice Lispector nunca organizou uma lista oficial de livros preferidos, mas em entrevistas e conversas privadas mencionou obras às quais voltava com frequência quase obsessiva. Não eram títulos que decoravam estantes, mas que a provocavam. Livros que permaneciam vivos, indomados, desorganizando o que parecia seguro. Ela os relia por necessidade e por impulso, como quem procura um gesto que ainda não foi entendido. Se não há um cânone clariciano formal, há, no mínimo, um conjunto de vozes que a acompanhava — às vezes em silêncio, às vezes em confronto.