Ele tinha Alzheimer, mas se lembrava de um único livro todos os dias: Cem Anos de Solidão
Elias foi diagnosticado com Alzheimer, mas nunca se ausentou por completo. Todos os dias pedia seu livro — “Cem Anos de Solidão” — e o abria na mesma página, como se ali estivesse ancorado. Ele não lia: habitava Macondo. Lembrava de seus personagens, sentia sua chuva interminável, caminhava em suas ruas de barro. Enquanto o mundo real se dissolvia, Elias permanecia lúcido onde todos já tinham enlouquecido. Esta é a história de um homem que, antes de esquecer tudo, fez morada na ficção e de lá nunca mais voltou.