A escritora que escreveu e publicou sem o marido saber — e deu origem ao Dia das Mães como ato político

A escritora que escreveu e publicou sem o marido saber — e deu origem ao Dia das Mães como ato político

Às vezes é preciso esconder até a própria voz para que ela exista. Em Boston, numa casa elegante de nome histórico, uma mulher escrevia poemas sem dizer. Escondia-os nos bolsos dos vestidos, entre os papéis da casa, como se cada linha fosse uma forma de desobediência, um movimento quase microscópico contra a delicada armadura conjugal. Não era sobre escândalo, nem sobre heroísmo. Era sobre escrever sem pedir permissão. Julia Ward Howe não nasceu para ser invisível, mas aprendeu, cedo demais, que visibilidade feminina era um campo minado. E escolheu, como tantas outras, escrever na sombra antes de ser lida à luz.

Os 5 livros que Simone de Beauvoir dizia que toda mulher deveria ler

Os 5 livros que Simone de Beauvoir dizia que toda mulher deveria ler

Não são livros sobre mulheres. São livros que, ao serem lidos por mulheres, mudam alguma coisa. Simone de Beauvoir não organizou listas ou manuais, mas deixou claro, em falas, memórias e crítica, quais obras formaram sua consciência. Livros que, lidos em momentos-chave, ajudaram a desenhar uma genealogia da resistência. Alguns vieram da infância, outros da fricção com ideias que a incomodavam. Todos revelam algo mais profundo: a leitura como exercício de consciência crítica, antes mesmo que o feminismo ganhasse esse nome.

Chamam de burro, mas ninguém para de ver: o filme de ação que segue imbatível na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Chamam de burro, mas ninguém para de ver: o filme de ação que segue imbatível na Netflix

“Não há nada que um pai não faça pelo filho.” Com essa frase, Dom Toretto abre “Velozes e Furiosos 10”, e ela resume bem o espírito de uma franquia que, mesmo após mais de duas décadas, continua apostando na lealdade como tema central. Em sua nova empreitada, o diretor Louis Leterrier se apoia nos mesmos elementos que marcaram os capítulos anteriores: ação ininterrupta, dramas familiares exagerados e uma estética construída sobre o excesso. O resultado, embora eficaz do ponto de vista comercial, confirma que a série permanece presa à própria fórmula.

O ensaio de Camus que previu o burnout do século 21

O ensaio de Camus que previu o burnout do século 21

Em 1942, Albert Camus escreveu “O Mito de Sísifo”, um ensaio filosófico sobre o absurdo da vida. O que ele talvez não soubesse era que, quase um século depois, seu texto dialogaria com uma epidemia emocional: o burnout. Esta reportagem ensaística revisita a obra sob a luz exausta do século 21, onde a repetição virou rotina e o vazio se oculta sob performance. Mais que um tratado existencial, Camus oferece um retrato brutal da lucidez que insiste — mesmo quando o corpo já não quer continuar.

3 filmes para curtir o fim de semana trancado em casa — na Netflix Perdido na Montanha

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Você acordou a semana inteira às 6 horas da manhã para ir trabalhar. Se estressou diariamente, enfrentou um trânsito terrível e só viu boletos chegando. Nada de dinheiro na conta, porque ainda é fim de mês. Só na próxima semana as coisas melhoram. Aliás, o dinheiro mal cai na conta e já sai imediatamente para pagar as contas. O cliente chato, as cobranças do chefe, a encheção de saco do RH, tudo se acumula. As aulas voltam na semana que vem, e o trânsito vai piorar. A correria retoma o ritmo frenético. Você liga a televisão e só encontra tragédia, guerra e tarifaço. Não há respiro.