6 livros que Nietzsche odiava (e por quê)

6 livros que Nietzsche odiava (e por quê)

Nietzsche não atacava livros — atacava o tipo de espírito que eles moldavam. De Rousseau a Darwin, de Kant a Victor Hugo, seu incômodo era sempre o mesmo: autores geniais que, segundo ele, faziam a vida parecer culpa, adaptação ou bondade domesticada. Esta seleção de sinopses não é apenas um mergulho em grandes obras — é um espelho das ideias que Nietzsche desejava ver ruir. Porque, para ele, alguns livros curam. Outros apenas anestesiam.

Caindo das nuvens

Caindo das nuvens

Se você escreveu um bilhete num guardanapo com uma esferográfica vagabunda no século passado e guardou numa gaveta, pode pegar e ler o que escreveu sem problemas. Se você digitou a mesma coisa no editor de textos mais foda que havia na época, e arquivou, provavelmente em um disquete, quero ver conseguir ler. Se o disquete ainda funcionar, você vai precisar se equipar de um nerd fuçador de bits pra conseguir ler o tal arquivo.

4 filmes impecáveis na Netflix que não subestimam sua inteligência — nem perdoam sua distração Divulgação / Crea SGR

4 filmes impecáveis na Netflix que não subestimam sua inteligência — nem perdoam sua distração

Nem todos os filmes disponíveis em plataformas de streaming precisam ser grandes descobertas para valer a pena. Alguns se destacam justamente por evitar exageros e apostar em roteiros bem estruturados, atuações sólidas e direção consciente. É o caso desses quatro títulos disponíveis na Netflix, que não prometem revoluções narrativas, mas entregam tensão bem conduzida, bons diálogos e escolhas que respeitam a inteligência do espectador. Cada um à sua maneira, eles mostram que o cinema pode funcionar sem pressa, sem ruído e, sobretudo, sem subestimar quem assiste.

Raphael Montes: o autor como produtor na era digital Thais Alvarenga / Site Oficial

Raphael Montes: o autor como produtor na era digital

O escritor Raphael Montes incomoda muita gente. Pode ser comparado à imagem do bode no meio da sala. O desconforto está presente em circuitos literários e intelectuais, onde se defende a existência de guardiões da linguagem, distantes do ruído dos algoritmos e das hashtags. Montes rompe com essa imagem, usando método, lucidez e certo deleite. Com apenas 34 anos, oito romances e mais de 1 milhão de exemplares vendidos, ele é um best-seller e um sintoma do estado de coisas.

O suspense que revelou Edward Norton ao mundo — e é considerado um dos mais inteligentes da história, está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

O suspense que revelou Edward Norton ao mundo — e é considerado um dos mais inteligentes da história, está na Netflix

“As Duas Faces de um Crime”, dirigido por Gregory Hoblit em 1996, apresenta-se como um thriller jurídico tradicional, mas é mais ambicioso do que sua forma inicial sugere. Baseado no romance homônimo de William Diehl, o filme utiliza o tribunal não como espaço de justiça, mas como arena de encenação moral. É ali que o espectador assiste a uma sequência de performances tão convincentes quanto perturbadoras, onde as categorias de certo e errado são constantemente desmontadas. Nada é confiável, nem o que se vê, nem o que se diz.