Não é nada fácil ser mulher-calendário
Cena de abertura: Mulheres-calendário, com peitos em 3D, sorrisos famintos e bundas mais redondas que abóboras colhidas em generosa chácara. As línguas, parecendo saltar da enorme e coloridíssima peça gráfica, como às de camaleões safados. Nubentes do diabo isso sim, eram as 12 moças que pulsavam naquele calendário, postado em parede-de-honra- nas principais oficinas mecânicas da capital. Uma peça, cuja renda da aquisição pelos donos das oficinas destinou-se a asilos de badaladas atrizes de filmes pornôs na década de 70.