O romance mais grotesco da Netflix virou obsessão de Tarantino — e ninguém entende por quê
Num deserto isolado e anárquico, onde a civilização desintegrou-se em delírios e rituais de sobrevivência, uma mulher mutilada tenta atravessar a paisagem hostil com a fúria de quem já perdeu tudo. Em “Amores Canibais”, Ana Lily Amirpour esgarça os limites entre crueldade e afeto, construindo uma distopia visceral em que cada gesto é ambíguo, e cada vínculo, uma negociação com o abismo.