Renasci numa noite de dor. Choviam canivetes, mas, quase ninguém se cortou. Ando muito em apuros, doutor. Os pensamentos em círculo. Não supunha que a carne do corpo também doía por consequência da saudade. Imbricada em tocar a vida em frente, como um vagão a descarrilar dos dedos de Deus, eu já não sei separar o que seja real do que seja imaginário.
Segundas-feiras são como voar de avião, não é possível desembarcar no meio do voo. É preciso esperar que o relógio faça a volta completa ou que o avião chegue ao destino, para que possamos fazer o desembarque em segurança. Para facilitar a vida de nossos leitores, a Bula fez uma lista de filmes novos, disponíveis no catálogo da Netflix, para você encarar os perrengues da segunda-feira com resignação, bom humor e coragem.
Uma cena de “Casa de Papel” marcou a virada, rumo ao feminino, nas séries de televisão e de streaming. No meio da confusão do assalto na história, a personagem Nairobi recebe a instrução para assumir o comando da operação e solta a conhecida frase: “Que comece o matriarcado”. Foi um sinal de que os homens em crise passaram a um segundo plano na recente ficção seriada, contrariando a política em várias partes do mundo que estava sendo invadida por uma masculinidade fora de hora e tóxica.
Na lista da Bula, dez filmes à disposição do assinante da Netflix que provam ser inconteste o talento de tantos homens e mulheres que se devotam à sétima arte, a manifestação artística do gênero humano com maior capacidade de renovação.
Em “Diga Quem Sou” — disponível na Netflix e avaliado positivamente por 99% do público, segundo o site Rotten Tomatoes, especializado em cinema —, o diretor Ed Perkins parte de uma narrativa que exalta o fantástico a fim de atingir a verdade por trás da conduta delituosa de uma mãe para com seus filhos, gêmeos separados por uma condição trágica.