Mães que amam, babás que sangram — o livro que escancara a culpa contemporânea

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Tudo começa com um corpo. Dois, na verdade. Mas não é o fim — é o início. E talvez essa seja a torção mais cruel deste romance: o horror não vem para concluir nada, ele inaugura. Dali em diante, não lemos para saber o que aconteceu. Lemos para entender por que ninguém viu acontecer. O que Leïla Slimani faz aqui não é exatamente escrever um thriller — embora a tensão escorra pelas páginas com a lentidão cortante de uma faca sem pressa.

O melhor documentário de 2025, até agora Divulgação / Netflix

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Sempre haverá episódios sobre os quais pouco se sabe — ou sobre os quais não se sabe tudo — envolvendo a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Segunda Guerra continua sendo o saco sem fundo da História, como ratifica “A Grã-Bretanha e a Blitz”, o documentário encomendado pela Netflix à 72 Films, braço da Fremantle especializado em produções históricas e biografias. Rigorosa, a direção de Ella Wright prima por apresentar o ponto de vista de quem tomou parte na resposta da Grã-Bretanha aos incessantes bombardeios a Londres pela Luftwaffe, enquanto um líder pensava no que fazer.

7 romances curtos que dizem mais do que 500 páginas

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Em tempos de listas infinitas e livros que parecem disputar quem tem mais páginas, há quem prefira a precisão de um golpe curto. Os romances breves, por vezes, carregam em poucas páginas o tipo de impacto que muitos calhamaços passam longe de alcançar. É como aquele olhar silencioso que diz mais do que um discurso de formatura. A literatura, afinal, não é medida em centímetros de lombada. É medida em nervo, em beleza, em coragem de cortar o excesso e deixar só o essencial.

5 obras da literatura brasileira para quem não aguenta mais os mesmos nomes

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Se você já não aguenta mais ouvir falar dos mesmos autores de sempre — Machado, Clarice, Jorge, Drummond — e sente que a literatura brasileira é um disco arranhado, respire fundo. A boa notícia é que o Brasil é um celeiro de vozes literárias tão vasto quanto o cerrado goiano. Há obras que escapam dos holofotes, mas que carregam uma potência narrativa capaz de renovar sua fé na literatura nacional.