Crítica rejeitou. O público esqueceu. O streaming reviveu. E agora ele está de volta ao Top 10 da Netflix Divulgação / Sony Pictures

Crítica rejeitou. O público esqueceu. O streaming reviveu. E agora ele está de volta ao Top 10 da Netflix

“Bloodshot” assume-se meio envergonhadamente um pastiche de produções a exemplo de “O Exterminador do Futuro” (1984), “Robocop – O Policial do Futuro” (1987) e “O Vingador do Futuro” (1990) sem nada do, para não perder a piada, futuro e tampouco do talento de James Cameron, Paul Verhoeven ou Len Wiseman. Baseado nas histórias em quadrinhos de Don Perlin (1929-2024), Bob Layton e Kevin VanHook publicadas pela Valiant Comics, o roteiro de Eric Heisserer e Jeff Wadlow atinge, com algum esforço, os fãs já iniciados e compassivos, aqueles que perdoam os muitos deslizes do texto em nome do entretenimento.

Filme nacional de Karim Aïnouz que está na Netflix e todo apaixonado por cinema tem obrigação de conhecer — vai te deixar sem palavras Divulgação / Fado Filmes

Filme nacional de Karim Aïnouz que está na Netflix e todo apaixonado por cinema tem obrigação de conhecer — vai te deixar sem palavras

Sob o imenso céu do sertão nordestino, onde o azul se perpetua sem prometer chuva, desenrola-se a silenciosa tragédia cotidiana de milhares de mulheres como Hermila — jovens, mães precoces, moldadas por uma realidade que pouco lhes oferece além da repetição. Em “O Céu de Suely”, Karim Aïnouz recusa o espetáculo da violência explícita para mergulhar em um drama íntimo e pungente, situado em Iguatu, pequena cidade cearense onde a esperança é artigo raro e o tempo parece imóvel.

Thriller explosivo com Vin Diesel que vai deixar seus olhos vidrados na televisão, na Netflix Divulgação / Sony Pictures

Thriller explosivo com Vin Diesel que vai deixar seus olhos vidrados na televisão, na Netflix

“Bloodshot” parece, à primeira vista, um equívoco fora de hora — uma tentativa tardia de inserir um herói periférico num palco já superpovoado por ícones consagrados. Mas é justamente nessa condição de intruso que o filme encontra sua singularidade: não por contestar as fórmulas dominantes, mas por aceitá-las com desfaçatez, moldando-as a partir de um protagonista reconstruído — literal e metaforicamente — por mãos industriais.

Leveza e magia: o filme da Netflix que vai remover o peso do cotidiano e dos problemas Divulgação / Universal Pictures

Leveza e magia: o filme da Netflix que vai remover o peso do cotidiano e dos problemas

Filmes natalinos são, em sua maioria, variações de uma mesma fórmula: conflitos familiares resolvidos por coincidências afetuosas e uma avalanche de espírito festivo artificial. Em meio a essa repetição previsível,  “Genie — A Magia do Natal”, produção do Peacock protagonizada por Melissa McCarthy — adota o disfarce do clichê apenas para subvertê-lo com leveza, inteligência emocional e um senso de humor que recusa a vulgaridade.

A série da Max que é tão linda e delicada quanto a mais fina flor de um jardim — impossível não chorar Divulgação / HBO

A série da Max que é tão linda e delicada quanto a mais fina flor de um jardim — impossível não chorar

Filmes e séries sobre amadurecimento e comédias que exploram os comportamentos humanos costumam oferecer boas reflexões — e essa série é um belo exemplo disso. Sam está emocionalmente devastada. Não apenas porque perdeu sua irmã, que também era sua melhor amiga, mas porque carrega outros lutos mais silenciosos — inclusive, por si mesma. O luto pelas expectativas frustradas, pelo que nunca deu certo, pela pessoa que ela não conseguiu se tornar.