Vendido pelo próprio pai. Libertou mais de 500 pessoas. E o Brasil tentou apagá-lo da memória
Na corte do Império brasileiro, um ex-escravizado negro ergueu papéis gastos e confrontou a toga e o sórdido silêncio da lei. Luís Gonzaga Pinto da Gama, filho de mãe liberta, vendido ilegalmente e alfabetizado tarde, tornou-se advogado autodidata e genial jornalista. Atravessou o sistema escravista com a lei na mão, libertou mais de quinhentos cativos, tornou-se símbolo de resistência. Hoje, sua voz ainda ecoa: o Brasil que imaginamos precisa reconhecer os heróis que a história oficial quis ocultar.





