“O Jovem Karl Marx” perpassa uma fase lírica e difícil da vida de seu biografado, um homem que atravessa boa parte do século 19, quando nasceu, em 1818, em Tréveris, na Renânia, oeste da Alemanha, fugindo de autoridades e perseguidores, até morrer, em Londres, arruinado e espantosamente convicto do que defendera ao longo de quatro décadas de uma militância algo utópica pela transformação em que acreditava tanto.
Publicado em agosto de 1938, “Rebecca – A Mulher Inesquecível” foi um fenômeno. Talvez já se suspeitasse que a novela de Daphne Du Maurier, sobre uma mulher recém-casada que ascende na escala social mediante o matrimônio, mas é subjugada pela lembrança que o marido ainda tem da falecida esposa, alcançasse o sucesso também nas telas, com a natural potencialização que o cinema e seus astros sempre exerceram sobre o público.
“Broad Peak” (2022) é um drama biográfico dirigido pelo polonês Leszek Dawid que narra a impressionante história de Maciej Berbeka, um alpinista que, após uma tentativa fracassada em 1988, retorna 25 anos depois para concluir a escalada do Broad Peak, a 12ª montanha mais alta do mundo. O filme destaca o realismo através da fotografia detalhada de Łukasz Gutt, a trilha sonora de Łukasz Targosz e as performances intensas de seu elenco.
“Rosa e Momo” é um filme emocionante que marca o retorno triunfante de Sophia Loren, dirigida por seu filho, Edoardo Ponti. Baseado no romance “A Vida pela Frente” de Romain Gary, o longa retrata a vida de Madame Rosa, uma sobrevivente do Holocausto que cuida de filhos de prostitutas em Paris. A chegada do jovem Momo, um senegalês órfão, transforma a rotina de Rosa, revelando uma história comovente de resiliência, esperança e conexões humanas profundas.
Loren, um pilar da arte dramática no cinema, celebra sete décadas de uma carreira marcada por profissionalismo e critérios rigorosos na escolha de seus papéis, mesmo para participações menores. Sua fama de dedicação é tamanha que dizem que ela trabalha mesmo com febre alta. Esse rigor é um dos motivos de sua ausência prolongada dos sets, e cada retorno é como se ela voltasse no tempo, à jovem que encantava o público em concursos de beleza. Sophia Loren sempre foi muito mais do que a aparência podia revelar.
