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O filme que virou lenda ao faturar 31 vezes seu orçamento está de volta na Netflix Divulgação / Polygram Entertainment

O filme que virou lenda ao faturar 31 vezes seu orçamento está de volta na Netflix

Em “Fragmentado”, M. Night Shyamalan desafia as fronteiras entre loucura, identidade e sobrevivência ao narrar o sequestro de três jovens por um homem que abriga 23 personalidades distintas. Com direção precisa, atmosfera opressiva e uma atuação visceral de James McAvoy, o filme mergulha no terror psicológico com inteligência brutal, tensionando os limites da empatia, do medo e da sanidade. É um retorno audacioso de Shyamalan ao controle absoluto do suspense.

O melhor filme de 2025 acaba de chegar ao Prime Video Divulgação / Warner Bros.

O melhor filme de 2025 acaba de chegar ao Prime Video

Há filmes avessos a rótulos, e é precisamente esse o caso de “Pecadores”. O novo trabalho de Ryan Coogler rejeita boa parte das expectativas que se queira ter a seu respeito ao fundir drama de época, horror gótico e musical para contar uma história de resistência, de luta, tudo muito bem temperado por ironia e dispondo de apuro estético irretocável. O diretor-roteirista é hábil em sustentar esses dois tempos narrativos, ainda que sob pena de ofender suscetibilidades. E sem prejuízo da lógica.

O melhor filme de terror que você verá este mês acaba de chegar à Netflix Divulgação / Universal Pictures

O melhor filme de terror que você verá este mês acaba de chegar à Netflix

A inteligência artificial continua mais diabólica que santa, e em “M3gan” ela materializa-se da forma mais enganosa que poderia. Não é de hoje que a infância e seus símbolos ganham a tela para que venha à superfície uma compreensão muito particular do horror, e o filme de Gerard Johnstone flerta, sim, com clássicos do gênero, a exemplo do ótimo “Brinquedo Assassino” (1988), de Tom Holland, e sua vasta descendência, mas tem luz própria.

O filme mais assistido da Netflix no Brasil atualmente Divulgação / Netflix

O filme mais assistido da Netflix no Brasil atualmente

“Rua do Medo: Rainha do Baile” é mais uma prova de que filmes de terror nunca perdem a força. A direção segura de Matt Palmer, bastante tarimbado no gênero, volta à série para tentar oferecer ao público alguma explicação plausível quanto à onda de crimes barbáros que varre Shadyside. Diferentemente das três produções anteriores, “Rainha do Baile” baseia-se num dos livros da aclamada série de terror para jovens adultos de R.L. Stine, publicada desde 1989 — o que também não faz do trabalho de Palmer nada que já não tenha sido feito muitas e muitas vezes antes.

Ninguém pediu, mas ele veio mesmo assim: terror adolescente que não promete nada e entrega menos ainda Alan Markfield / Netflix

Ninguém pediu, mas ele veio mesmo assim: terror adolescente que não promete nada e entrega menos ainda

Há um tipo de ilusionismo barato no cinema de terror contemporâneo que tenta se sustentar em truques narrativos exaustos — como o velho artifício de revelar o clímax logo de cara para depois arrastar o espectador por um caminho que ele já sabe onde termina. “Rua do Medo: Rainha do Baile”, mais recente incursão do universo adaptado das obras de R.L. Stine, se afoga nesse truque gasto, incapaz de transformar antecipação em ansiedade.