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Filme de Wes Anderson na Netflix é um experimento elegante à espera de uma alma Divulgação / Focus Features

Filme de Wes Anderson na Netflix é um experimento elegante à espera de uma alma

Há uma tendência recorrente na filmografia de Wes Anderson: a organização milimétrica do caos humano. Entretanto, em “Asteroid City”, essa relação se desequilibra. O rigor formal permanece inabalável, porém o conteúdo dramático se dilui, como se o filme hesitasse diante das próprias perguntas. Essa hesitação não se traduz em ambiguidade produtiva, mas em uma fragmentação que compromete o impacto emocional e a inteligibilidade narrativa.

A nova obsessão da Netflix que faria Nietzsche levantar da tumba Divulgação / Columbia Pictures

A nova obsessão da Netflix que faria Nietzsche levantar da tumba

Há filmes que tentam engarrafar perguntas universais para vendê-las com pipoca. “Além da Morte” parte dessa ambição perigosa: decifrar o depois, esse território que nenhuma religião realmente conseguiu monopolizar, embora todas as marcas tentem licenciar. Cinco jovens médicos, orgulhosos de sua inteligência treinada em laboratório, decidem brincar com o limite que a biologia ainda insiste em chamar de vida.

Clássico que marcou gerações voltou — e talvez você não esteja preparado para essa adaptação, no Prime Video Divulgação / Stage 6 Films

Clássico que marcou gerações voltou — e talvez você não esteja preparado para essa adaptação, no Prime Video

A nostalgia costuma ser uma péssima conselheira. Ela promete reencontros catárticos com nossos heróis de infância e, quando a luz da sala de cinema se acende, revela apenas o rastro de uma memória traída. Com “Os Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya: O Começo”, Hollywood resolveu convocar deuses e cosmos para entregar… helicópteros militares, tiroteios e armaduras que parecem ter saído de um desfile futurista patrocinado por uma marca de suplementos energéticos.

Diferente de qualquer outro, romance distópico com toque de realismo mágico é um dos filmes mais belos da Netflix Divulgação / Netflix

Diferente de qualquer outro, romance distópico com toque de realismo mágico é um dos filmes mais belos da Netflix

A convivência com algoritmos já molda afeto, rotina e luto. Quando um serviço promete devolver conversas interrompidas, a sedução está em preencher lacunas do cotidiano com previsibilidade. O problema começa quando a simulação orienta decisões que extrapolam consolo e invadem o terreno da autonomia. O filme examina objetivos nítidos e mede consequências práticas. A história encara essa tensão usando prazos, protocolos e regras para mostrar como cada clique altera risco, informação e foco, obrigando personagens a reposicionar limites enquanto tentam manter vínculos que a vida interrompeu.

Pare tudo agora: este é o último grande filme de Mel Gibson — e ele está na Netflix Divulgação / Metropolitan FilmExport

Pare tudo agora: este é o último grande filme de Mel Gibson — e ele está na Netflix

Um dia que reinicia transforma fracasso em dado e acerto em plano. A narrativa acompanha um ex-agente encurralado em um laço temporal, que precisa entender quem o quer morto e por quê. Cada novo começo acrescenta pistas, redefine prioridades e cobra custo físico e emocional. A ação funciona como planilha de erros e correções, com decisões que mudam risco e tempo disponível. O resultado é um estudo de tentativa e ajuste contínuos, em que informação acumulada vale mais que força bruta.