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O filme mais assistido do planeta atualmente é influenciado por uma autora que previu o futuro décadas atrás: Octavia Butler — na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

O filme mais assistido do planeta atualmente é influenciado por uma autora que previu o futuro décadas atrás: Octavia Butler — na Netflix

Desta vez, o silêncio não é apenas uma condição — é um veredicto. Ao retroceder ao instante em que tudo começou, o filme nos arremessa para o olho do furacão emocional, onde o medo não vem do que se vê, mas do que já não se consegue entender. Em vez de explicar a ameaça, opta por desconstruir as certezas, revelando um mundo em colapso e uma humanidade exposta ao que há de mais cru: a necessidade de seguir mesmo sem direção.

O filme  de ficção científica que é tão lindo que nem parece real, parece um sonho, no Prime Video Divulgação / Paramount Pictures

O filme de ficção científica que é tão lindo que nem parece real, parece um sonho, no Prime Video

Desde os primeiros instantes, “A Chegada” convida o espectador a uma imersão única, onde o enigmático encontro com o desconhecido se transforma em uma profunda reflexão sobre a natureza da comunicação e do tempo. Sob a direção perspicaz de Denis Villeneuve, a história se concentra em Louise Banks (Amy Adams), cuja trajetória ultrapassa o mero enfrentamento de uma crise interplanetária para explorar os limites da experiência humana. Ao invés de privilegiar confrontos espetaculares, o filme propõe uma investigação meticulosa das estruturas linguísticas que regem nossa percepção, insinuando que o modo como articulamos ideias pode, de fato, remodelar nossa própria existência.

Nietzsche teria chamado isso de tragédia moderna. Você chama de ficção científica. Último dia na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Nietzsche teria chamado isso de tragédia moderna. Você chama de ficção científica. Último dia na Netflix

Longe de buscar reinvenções forçadas, “Star Trek: Sem Fronteiras” aposta na solidez de seu universo e no carisma de seus personagens para sustentar uma aventura de ritmo preciso e visual arrojado. Justin Lin conduz a narrativa com energia e reverência, atualizando os dilemas clássicos da franquia sem sacrificar sua essência. O resultado é uma jornada que respeita o legado, mas sabe onde ainda pode provocar e surpreender com autenticidade.

100 milhões assistiram nos cinemas. Agora é o último dia para ver na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

100 milhões assistiram nos cinemas. Agora é o último dia para ver na Netflix

Num universo em que a fidelidade ao passado se confunde com a hesitação em ousar, “Além da Escuridão” relança a mítica nave Enterprise não para explorar novos mundos, mas para revisitar antigos dilemas sob luzes mais brilhantes e efeitos de precisão impecável. J. J. Abrams transforma a memória em espetáculo visual, onde o conflito entre inovação e reverência dita o ritmo de uma aventura que prefere evocar do que reinventar — e nem por isso deixa de seduzir.

Prequela de franquia que levou 100 milhões de espectadores aos cinemas e arrecadou 5 bilhões no mundo inteiro, está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Prequela de franquia que levou 100 milhões de espectadores aos cinemas e arrecadou 5 bilhões no mundo inteiro, está na Netflix

O que poderia ter sido um relato épico sobre a irrupção de um novo apocalipse se transforma, em vez disso, em um thriller intimista, guiado pela jornada de Samira (Lupita Nyong’o) e Eric (Joseph Quinn) em uma Nova York que se torna, a cada ruído, um campo de caça para predadores implacáveis. Samira, gravemente doente, encara a catástrofe com uma resignação melancólica, enquanto Eric, lidando com traumas não explicitados, se torna um parceiro improvável nessa travessia pelo desconhecido.