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O filme mais sensual de Wong Kar-Wai está na Mubi e pouca gente viu Divulgação / Ipso Facto

O filme mais sensual de Wong Kar-Wai está na Mubi e pouca gente viu

Parte do conjunto “Eros“, antologia com três segmentos independentes, dirigidos por Michelangelo Antonioni, Steven Soderbergh e Wong Kar-Wai, “The Hand“ tem 56 minutos de duração e se passa na Hong Kong dos anos 1960. O enredo acompanha Miss Hua (Gong Li), uma cortesã que está no auge de sua profissão, atendendo clientes ricos e ostentando luxo. Ao contratar um costureiro para fazer suas roupas, ela conhece o jovem alfaiate Zhang (Chang Chen), que ainda está iniciando a carreira.

Um dos melhores filmes da Netflix, indicado a cinco Oscars em 2024 Divulgação / Focus Feature

Um dos melhores filmes da Netflix, indicado a cinco Oscars em 2024

Um internato esvaziado por férias de Natal expõe vínculos improváveis entre três solitários. O confinamento, a neve e o silêncio empurram as conversas para além da irritação inicial e revelam perdas adiadas. O filme adota o drama como eixo, com humor de situações e de linguagem para aliviar tensões sem mascarar dores. Interessa menos o passado heroico e mais a persistência do cotidiano: regras, horários, pequenas negociações.

Para alguns, a maior comédia romântica já feita — para outros, também. No Prime Video

Para alguns, a maior comédia romântica já feita — para outros, também. No Prime Video

Comédias românticas frequentemente escondem, sob humor leve, um debate direto sobre desigualdade de poder e vigilância pública. O encontro entre uma pessoa anônima e uma celebridade exige teste de realidade: o que sustenta um vínculo quando a curiosidade alheia dita horários, rotas e versões? Londres oferece o laboratório desse embate, onde vizinhança, imprensa e rotina moldam escolhas.

Romance de férias na Netflix promete doçura, mas deixa gosto de corante na boca Ana Belen Fernandez / Netflix

Romance de férias na Netflix promete doçura, mas deixa gosto de corante na boca

A primeira mordida em uma fruta madura costuma enganar: o sabor açucarado domina, seduz, promete uma experiência inesquecível. Depois de alguns segundos, percebemos que aquela doçura só estava escondendo a falta de complexidade. “Manga”, do cineasta iraniano Mehdi Avaz, funciona exatamente assim, vendendo o encanto solar do sul da Espanha como se bastasse um cenário idílico para que o romance entre duas pessoas muito diferentes se tornasse algo digno de lembrança.

Cuidado com o que você assiste: suspense, na Netflix, inspirado em Hitchcock vai te perseguir depois dos créditos Divulgação / Paramount Pictures

Cuidado com o que você assiste: suspense, na Netflix, inspirado em Hitchcock vai te perseguir depois dos créditos

A vida doméstica pode produzir ansiedade tanto quanto alívio. Em bairros de cercas baixas e rotinas previsíveis, pequenas anomalias disparam alertas que crescem com o silêncio e a repetição. O suspense prospera quando informação falta, o tempo corre devagar e a proximidade impede recuo. A leitura de “vizinho” vira problema de segurança, e a casa deixa de ser abrigo para se tornar posto de observação. O gênero do thriller juvenil exige clareza espacial, sons que orientam a atenção e atuações capazes de sustentar dúvida prolongada sem revelar o jogo.