Não é apenas o título do filme que evoca a adorada trilogia de Richard Linklater. Em “Antes do Adeus”, o diretor estreante Chris Evans constrói uma narrativa que ecoa a premissa de “Antes do Amanhecer”. Aqui, o tempo é comprimido em uma única noite, e a trama se desenrola quase inteiramente através de diálogos entre dois personagens cujas vidas se cruzam por acaso.
“Kissufim” nos conduz ao coração de um conflito que parece nunca ter fim, explorando os dramas de uma jovem soldado em meio às tensões incessantes entre Israel e Palestina. Filmado antes dos ataques de 7 de outubro de 2023, a obra de Keren Nechmad, diretora nascida em Tel Aviv, se debruça sobre o custo humano desse embate duradouro. Ao ambientar a trama em 1977, ano da histórica visita de Anwar Sadat a Jerusalém, o filme humaniza os rostos de uma luta que perdura e ecoa na alma de seus personagens e no cenário desértico de Kissufim.
Em “Amor Invisível”, um drama delicadamente dirigido por Monty Whitebloom e Andy Delaney, acompanhamos a complexa jornada de Bess (Shannon Tarbet), uma jovem que sofre de cegueira psicogênica seletiva. Desde um trauma de infância, Bess é incapaz de enxergar sua mãe, Carolyn (Chloë Sevigny), a quem, simbolicamente, considera morta. Essa negação visual não é apenas literal; é também emocional, representando um mecanismo de defesa contra a figura autoritária e controladora que Carolyn representa.
Entre desertos vastos e memórias enterradas, Pedro Almodóvar revisita o western com um olhar singular, explorando um amor interrompido pelo tempo e pelas circunstâncias. Em apenas 31 minutos, a trama se desdobra entre a intensidade das paixões e a crueza da violência, conduzida pelas atuações magnéticas de Pedro Pascal e Ethan Hawke. Um duelo emocional, onde o passado e o presente colidem, desafiando limites de gênero e narrativa.
Em um vilarejo esquecido no interior do México, onde vivos e mortos coexistem em um limbo de dor e arrependimento, um homem retorna para confrontar o legado sombrio de seu pai, um tirano que acumulou riqueza às custas do sofrimento alheio. Baseado na obra de Juan Rulfo, o filme combina realismo mágico e tragédia familiar, explorando temas como ganância, culpa e redenção em uma narrativa repleta de silêncio e tensão.
