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Gene Hackman, John Cuzack e Rachel Weisz: thriller de tribunal inquietante e inteligente é aula de Direito na Netflix Divulgação / New Regency Productions

Gene Hackman, John Cuzack e Rachel Weisz: thriller de tribunal inquietante e inteligente é aula de Direito na Netflix

A decisão de deslocar o foco da história original, que abordava a responsabilidade da indústria do tabaco, para um julgamento envolvendo fabricantes de armas de fogo, é mais do que uma escolha narrativa. Esse reposicionamento reflete uma mudança na urgência dos debates sociais nos Estados Unidos. Se nos anos 1990 a discussão sobre os malefícios do cigarro dominava o discurso público, no início dos anos 2000 o controle de armas já se tornara uma das questões mais polarizadoras do país. Essa alteração confere ao filme um caráter mais provocativo e um senso de atualidade que amplia seu potencial de engajamento.

O melhor filme francês de ação de 2025 acabou de estrear na Netflix e vai fazer você querer ficar em casa para assistir Laurent Le Crabe / Netflix

O melhor filme francês de ação de 2025 acabou de estrear na Netflix e vai fazer você querer ficar em casa para assistir

Tornou-se uma regra, perigosa e cheia de implicações colaterais, o cidadão deparar-se com um cenário ultrajante, em que não reconhece sua própria terra, assacada por bandidos de toda espécie, e, lamentavelmente, quadrilhas compostas por policiais, dos grupos de extermínio das milícias, contratados por pequenos lojistas em desespero, sem ninguém mais a quem recorrer diante da criminalidade inclemente que tira-lhes o pouco que os impostos não tungam. Olivier Marchal mata sua sede de sangue em “Bastion 36”, mais um de seus filmes sobre gangues de policiais corruptos, com a personalidade de sempre.

Vale a pena ficar em casa neste fim de semana só para assistir à nova comédia dramática norueguesa da Netflix Divulgação / Netflix

Vale a pena ficar em casa neste fim de semana só para assistir à nova comédia dramática norueguesa da Netflix

A todos assiste o direito de, em não arruinando a vida alheia, cometer todas as insânias que quiser e conseguir, e esse princípio básico da vida é observado com fervor por Emilie, a garota sobre cuja figura entre quase luminosa e quase sombria “O Caminho Errado” estende-se por hora e meia. Emilie, uma mãe solteira lutando pela sobrevivência na selva de pedra e gelo da Noruega, vai de uma mulher tíbia  e um tanto irresponsável a uma genuína atleta, desbravando um cenário agreste enquanto põe a cabeça no lugar e toma coragem para mudar a rota.

Irresistível para fãs de faroeste, série histórica com 88% no Rotten Tomatoes está na Netflix Divulgação / Netflix

Irresistível para fãs de faroeste, série histórica com 88% no Rotten Tomatoes está na Netflix

A produção, conduzida por uma narrativa conduzida com a voz imponente de Ed Harris, integra dramatizações intensamente coreografadas a um rigoroso trabalho de pesquisa. Cada episódio se transforma em um convite à reflexão, encerrando-se em momentos de tensão que despertam questionamentos e incitam a continuidade do olhar crítico sobre os fatos. Essa estratégia narrativa, ao romper com a linearidade habitual, fomenta uma experiência intelectual singular, capaz de transformar a mera recordação histórica em uma investigação profunda dos meandros do Velho Oeste.  

Mila Kunis no melhor papel de sua carreira em filme com Glenn Close na Netflix Divulgação / Indigenous Media

Mila Kunis no melhor papel de sua carreira em filme com Glenn Close na Netflix

Glenn Close interpreta Deb, uma mulher dilacerada entre o amor incondicional e o esgotamento emocional causado pelos ciclos de recaída da filha. Já Mila Kunis, em um desempenho que foge da superficialidade, encarna Molly com uma fisicalidade alarmante: a magreza extrema, os dentes corroídos e o olhar perdido traçam um retrato cruel da devastação imposta pelo vício. Não há aqui a glamorização do sofrimento nem tentativas de atenuar o impacto visual da degradação — o filme se esforça para manter a experiência incômoda e realista.