Arquivos

100 milhões de espectadores se emocionaram com uma das maiores atuações da carreira de Tom Hanks, agora na Netflix Divulgação / Twentieth Century Fox

100 milhões de espectadores se emocionaram com uma das maiores atuações da carreira de Tom Hanks, agora na Netflix

Ninguém está preparado para desaparecer do mundo. Em “Náufrago”, a erosão do tempo não se mede em dias, mas na transformação silenciosa de um homem condenado à ausência dos outros, de si, da própria ideia de futuro. Sob a direção de Robert Zemeckis, o filme é menos uma jornada de sobrevivência física e mais uma escavação emocional em terreno inóspito: o de alguém que, arrancado abruptamente do ciclo da vida, precisa aprender a existir num vácuo onde nada responde, nada acolhe, nada lembra.

O melhor filme de 2025 já chegou ao streaming Divulgação / Warner Bros.

O melhor filme de 2025 já chegou ao streaming

Num futuro onde a vida humana é moeda de troca e a identidade se torna descartável, “Mickey 17” transporta o espectador a um planeta gelado, moldado pelo poder, pela desigualdade e pela exploração sistemática. Bong Joon-ho constrói uma ficção científica visceral, onde cada clonagem expõe a fragilidade da existência e o preço brutal da sobrevivência num sistema que consome seus próprios criadores, revelando verdades incômodas sob uma superfície de alta voltagem visual.

Acaba de chegar ao Prime Video: a história real que vai te fazer acreditar de novo nos sonhos Divulgação / Sina Studios

Acaba de chegar ao Prime Video: a história real que vai te fazer acreditar de novo nos sonhos

Ao final da sessão, mesmo quem nunca se identificou com a música de Robbie Williams pode se ver afetado por uma sensação inesperada: respeito. Não por uma carreira pontuada por recordes ou reinvenções, mas por alguém que se recusa a maquiar as próprias ruínas. Em vez de moldar uma imagem palatável, o filme opta por desconstruí-la, e é justamente essa escolha que o torna raro.

O filme mais assistido do momento na Netflix: Top 1 em 60 países Divulgação / Netflix

O filme mais assistido do momento na Netflix: Top 1 em 60 países

Poucos filmes têm a coragem de erguer-se contra a previsibilidade dos modelos narrativos consolidados sem escorregar no experimentalismo vazio. “iHostage” produção holandesa — que à primeira vista poderia ser reduzida a um relato factual envernizado para o entretenimento — opta por um caminho menos trilhado: o da crueza controlada, onde o desconforto não é ruído, mas métrica. Desde os primeiros quadros, há não cede ao sensacionalismo; a câmera não busca seduzir, mas confrontar. E é nesse choque, não com a violência explícita, mas com a densidade moral do que é insinuado, que reside a força perturbadora do filme.

Romance com Jennifer Lawrence e Bradley Cooper digno de Shakespeare está no Prime Video Divulgação / 2929 Productions

Romance com Jennifer Lawrence e Bradley Cooper digno de Shakespeare está no Prime Video

Há filmes que preferem o caminho áspero, sem atalhos para o afeto ou alívios que suavizem o desconforto. “Serena”, dirigido por Susanne Bier e protagonizado por Jennifer Lawrence e Bradley Cooper, pertence a essa categoria de narrativas que incomodam não por falharem em entreter, mas por se recusarem a negociar com as expectativas do público. A aparente frieza que envolve o longa — e que lhe rendeu olhares atravessados de crítica e plateia — talvez seja apenas o resultado de uma honestidade rara: a de um filme que não busca redenção, nem dos personagens, nem da história que conta.