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Crítica: “Presença” — filme de Steven Soderbergh com Lucy Liu, no Prime Video Divulgação / NEON

Crítica: “Presença” — filme de Steven Soderbergh com Lucy Liu, no Prime Video

Uma mistura de drama e suspense, o filme de Soderbergh acompanha a família Payne em uma jornada de recomeço após uma tragédia. Eles estão se mudando para uma mansão centenária localizada em algum subúrbio não identificado. Logo na primeira cena já sabemos que a história é contada do ponto de vista de uma entidade espiritual que vive na casa e passa seu tempo espionando os novos moradores. A filha, Chloe (Callina Liang), teve uma experiência recente devastadora.

O melhor filme de ação que você verá esta semana acabou de estrear no Prime Video Warrick Page / Amazon Content Services

O melhor filme de ação que você verá esta semana acabou de estrear no Prime Video

“O Contador 2” segue fazendo barulho e estrago, e Gavin O’Connor por seu turno mantém a direção algo segura, valendo-se do bom roteiro de Bill Dubuque para situar o espectador na trama ao passo que também tira dele os novos elementos que indicam que esta é uma outra história. Amalgamam-se pela fotografia de Seamus McGarvey os enquadramentos amplos, banhados sob a luz amarelada do sépia e numa resolução bastante granulada — óbvia e poética evocação ao passado.

Wes Anderson desenha a tristeza como quem monta um diorama Divulgação / Focus Features

Wes Anderson desenha a tristeza como quem monta um diorama

Em “Asteroid City” Wes Anderson alcança o auge da própria forma. Mas, ao contrário do que muitos esperam, o que há aqui não é apenas estilo. O que pulsa sob a simetria, sob o humor seco e os tons pastéis, é uma espécie de colapso emocional minuciosamente orquestrado. Um filme sobre perda, sobre o que não se entende — e, sobretudo, sobre a tentativa impossível de representar a vida enquanto ela escapa.

Delírio e fantasia: ícone do cinema é recriado, amparado pelo inegável talento de Timothée Chalamet Divulgação / Warner Bros.

Delírio e fantasia: ícone do cinema é recriado, amparado pelo inegável talento de Timothée Chalamet

Se há algo mais difícil do que criar magia no cinema é recriá-la a partir de um legado. “Wonka” parte dessa tarefa espinhosa com ares de desafio criativo: não se contenta em apenas recontar a gênese do icônico chocolatier de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, mas arrisca em algo mais ambicioso: tecer um novo imaginário sobre um velho conhecido, sem trair o encanto original nem se curvar à nostalgia preguiçosa.