Como sobreviver a um pé na bunda
J. apareceu assim, como imagens em sonhos, um pouco fora de foco. Desconfiei dos meus olhos. Desconfiei do vazio do meu coração. J. estava lá. Em minha frente seu sorriso me perturbava. Provocava-me a sua beleza ainda não descoberta. Inflamavam-me sentimentos de dúvidas, incertezas e encantos a serem descobertos. Logo depois da primeira mirada, procurei-a no meio da multidão. Não era capaz de reconhecer novamente seus olhos, a memória traía meus sentimentos. E a memória nunca me traíra antes. Seria ela especial? Fascinante? Fascinada? E algumas horas se passaram até reencontrá-la. Primeiro encanto. Mas ainda continuaria em dúvida.






