Autor: Giancarlo Galdino

O indiano é um povo ordeiro, mas também aguerrido, chegado a uma briga justa, e é por aí que “Oh My God 2” começa a fazer sentido. Em 2012, Umesh Shukla desafiava a lógica e melindrava espíritos mais puritanos com “OMG: Oh My God!”, sátira que não deixava pedra sobre pedra nas análises minuciosas que fazia à obrigação de se crer em Deus e em Sua infalibilidade. Aqui, Amit Rai dá eco às inquietudes de Shukla, mas trata de jogar um pouco mais de lenha na fogueira, malgrado o Santo Nome nunca seja tomado em vão.

O comportamento masculino nunca foi modelo em vários aspectos, e esse é o ponto de onde o enredo de “Bela Vingança” principia a ganhar corpo, revelando os descaminhos emocionais de uma jovem mulher numa jornada de autodescobertas que sai do plano do desejável num episódio com a marca de agressões de muitos feitios, inauguradas pelo sexo.

Em seu quarto filme, o sul-coreano Lee Chung-Hyun dá uma nova prova de que domina como poucos a arte de incomodar. Três anos depois do sucesso de “A Ligação” (2020), “A Bailarina” volta a fazer espectadores se agitarem na poltrona ao abusar de cenas em que uma vingadora investe-se de sentimentos os mais primitivos a fim de não ser enganada por homens tão poderosos quanto brutais, evitando assim sorte parecida à de uma amiga que amava.