Autor: Giancarlo Galdino

7 livros que viraram muleta de quem nunca leu nada de verdade

7 livros que viraram muleta de quem nunca leu nada de verdade

A informação nunca esteve tão farta e tão acessível. Nunca foi tão simples encontrar dados, opiniões e análises sobre tudo. Entretanto, no frigir dos ovos, essa abundância de informação acaba por constituir um paradoxo curioso. Falar sobre o tema da moda, citar autores sobre os quais o inconsciente coletivo já cristalizou uma imagem ou parecer estar à frente de seu tempo não deixam de ser formas de inspirar respeito e alcançar prestígio. Os sete títulos aqui elencados acabaram virando exemplo de um requinte intelectual meramente cosmético, símbolos de vivências “literárias” paupérrimas por uma ou outra razão.

Leo Lins só disse em voz alta o que muita gente sussurra em jantares de família

Leo Lins só disse em voz alta o que muita gente sussurra em jantares de família

Leo Lins tem razão — e quem o diz não sou eu. Segundo o Artigo 220 da Constituição Federal, que tem vigido desde 5 de outubro de 1988 (até agora, ao menos), é assegurado a qualquer indivíduo, humorista ou não, a liberdade de expressão e informação, sem restrições. Claro que o caso chegará ao STF, na prática uma corte de revisão legislativa, e então, Lins e seus advogados hão de carecer de uma medida extra de sorte para vencer Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, os Torquemadas do Brasil contemporâneo.

10 livros que todo mundo aplaude — mas ninguém sabe realmente do que se trata

10 livros que todo mundo aplaude — mas ninguém sabe realmente do que se trata

Em sua teoria sobre os diferentes tipos de capital — econômico, social e cultural —, o sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002) argumenta que a cultura de elite se caracteriza não apenas pelo consumo de certos bens, mas pelo modo como esses bens são percebidos e valorizados. Os círculos acadêmicos sempre padeceram da falsa virtude louvar o que é hermético. Não raro, um livro pleno de citações, vaivéns de retórica e argumentos que fecham-se em si mesmos. Constam dessa lista uma dezena de exemplos de livros consagrados pelo cânone, mas cuja intelecção continua restrita a quem já apresenta intimidade com o saber formal.

As 10 melhores comédias românticas de 2025 (e as que prometem) Divulgação / Columbia Pictures

As 10 melhores comédias românticas de 2025 (e as que prometem)

Embora muitas vezes sejam subestimadas pelos sabidos, as comédias românticas tem o seu valor. Além de fazer girar a roda da economia numa velocidade admirável, esses filmes têm algum poder quanto a reoxigenar o imaginário coletivo sobre o amor, os relacionamentos e o mais prosaico das relações humanas. Comédias românticas não deixam de ser espelhos nos quais a sociedade se vê e se reconhece. Elas reinventaram-se para acompanhar as transformações do mundo contemporâneo, e em 2025 elas permaneceram na dianteira. Preparamos uma lista com dez dessas tramas, numa evidente mensagem a respeito da metamorfose do cinema.

10 vezes em que o cinema provou que Deus está morto (e ninguém avisou o roteirista)

10 vezes em que o cinema provou que Deus está morto (e ninguém avisou o roteirista)

No século 19, Friedrich Nietzsche (1844-1900) matou Deus. Claro que essa foi mais uma das tantas provocações do filósofo alemão, um pessimista bastante peculiar, o pessimismo dionisíaco, que enxergava o sofrimento como parte indissociável da jornada do homem neste plano no qual residia a força mesma para vencê-lo. Em muitas circunstâncias, o cinema, como manifestação artística e prática cultural, não só ecoa o clamor nietzschiano como o ratifica ao ressaltar uma certa apatia do Todo-Poderoso frente à barbárie. É o que consta da nossa lista, de dez filmes que duvidam da eterna compaixão divina.