Autor: Giancarlo Galdino

O melhor filme de ação do cinema mundial, nos últimos 5 anos, está na Netflix Divulgação / Lions Gate Films

O melhor filme de ação do cinema mundial, nos últimos 5 anos, está na Netflix

O assassino sob encomenda de Keanu Reeves numa das franquias mais rentáveis já produzidas pelo cinema não perde o fôlego, e “John Wick 3: Parabellum” talvez fosse a oportunidade que o diretor Chad Stahelski, responsável pelos outros três longas da sequência, esperava para aprofundar-se no caráter de eminente ruína moral de seu anti-herói, socorrendo-se para tal de artifícios estéticos de deixar maravilhado o mais desatento dos espectadores.

Romance fofinho na Netflix é antídoto contra a tristeza e mau humor

Romance fofinho na Netflix é antídoto contra a tristeza e mau humor

Quase por acaso, “As Semanas Mágicas” reafirma um dos raros pensamentos que consegue atravessar a bruma corrosiva que vai reduzindo tudo a uma massa amorfa e cinzenta e se estabelece como o princípio que deixa a sensação de estar sempre muitos níveis acima dos pedestres ramerrões pelos quais a humanidade se deixa arrastar com alguma frequência: as tantas dificuldades não têm o condão de arrefecer o sonho de mulheres e homens, nessa ordem, de sentir-se menos pó e quiçá eterno mediante seus filhos.

Tesouro europeu, na Netflix, vai te fazer sentir uma explosão de emoções e tocar cada canto da sua alma Diego Lopez Calvin / Netflix

Tesouro europeu, na Netflix, vai te fazer sentir uma explosão de emoções e tocar cada canto da sua alma

Filmes como “Árvore de Sangue”, realizados sob esse padrão, se é que se trata de um padrão, podem ser, no mínimo, estimulantes, além de originais, claro. Histórias como a contada por Julio Medem encerram tamanho pluralismo que frustram muito menos a audiência, disposta a assumir essa impressão e avançar bravamente até a última cena. O espanhol vale-se de mecanismos os mais absurdos a fim de apresentar seus personagens, como que saídos de um híbrido dos contos do escritor argentino Jorge Luis Borges, tal é a atmosfera de desordem imanente a reger a trama.

O filme existencialista da Netflix sobre solidão e autoconhecimento que vai tocar cada pedaço da sua alma Divulgação / Harrison Productions

O filme existencialista da Netflix sobre solidão e autoconhecimento que vai tocar cada pedaço da sua alma

Debra Granik é hábil em retratar adolescentes no bombardeio dos tantos conflitos próprios da idade. Já o havia feito em “Inverno da Alma” (2010), quando revelou o talento assombroso de Jennifer Lawrence, na pele de uma garota que se desdobra para cuidar da mãe, limitada intelectualmente, e dos dois irmãos menores. A produção e Lawrence receberam as devidas indicações ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Atriz, em 2011.

O filme mais subestimado da Netflix

O filme mais subestimado da Netflix

“Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta” tem um inegável lado retrô — sobretudo para quarentões que se lembram com carinho e com os travos de amargura naturais que a experiência acrescenta à lembrança —, mas nem por isso deixa de se parecer com uma máquina do tempo em que se também se viaja para frente, vislumbrando-se possibilidades de dias menos sombrios para minorias cada vez mais atentas.