Desconcertante e cerebral, filme argentino, na Netflix, vai te agonizar por semanas
O tema da falta de lugar no mundo, já desmembrado por Lerman com rara argúcia em “Refugiado” (2014), volta do jeito mais metafórico e mais íntimo em “Uma Espécie de Família”, drama a um só tempo entre misterioso e bastante óbvio. Lerman aposta na excelência sutil de elementos técnicos para levar um filme em que, como poucos, a maneira como se conta a história interfere diretamente na história em si, ora amenizando-a, ora fazendo com que fique irreversivelmente trágica.