“Operação Final” é um mergulho profundo e provocador nos aspectos mais sombrios da natureza humana, guiado pela perspectiva de Hannah Arendt sobre a banalidade do mal. Sob a direção de Chris Weitz e embasado no roteiro de Matthew Orton, o filme retrata a captura e julgamento de Adolf Eichmann, um burocrata nazista. Este drama histórico desvenda a complexidade de uma justiça que busca reparar as atrocidades do passado.
“Underwater” é um filme de contornos precisos, com seus méritos e desafios. Em pouco mais de hora e meia, William Eubank conduz seus atores a um ambiente claustrofóbico, emulando uma região do Pacífico Ocidental que inspira pouca simpatia. As profundezas das fossas Marianas, onde o oceano atinge seus limites, servem como cenário para uma expedição que evoca lembranças do épico “Titanic”, de James Cameron, embora aqui o perigo se insinue no interior de um submarino muito antes de qualquer ameaça de naufrágio.
No thriller de suspense “Águas Rasas”, Blake Lively entrega uma atuação emocionante como Nancy Adams, uma surfista presa numa luta desesperadora pela vida contra um tubarão branco colossal. A trama se desenrola em uma praia remota, mesclando terror psicológico com uma tensa narrativa de sobrevivência. Este filme mergulha nas profundezas de sua resiliência psicológica, tornando cada momento na tela um teste para os nervos do espectador.
Em sua estreia como diretor de longas-metragens, Scott Walker vai além do óbvio ao relatar a saga de um destemido detetive em Anchorage, no Alasca, nos anos 1980, em “Sangue no Gelo”, na Netflix. Ele tenta capturar um assassino em série que aterroriza a cidade, principalmente suas trabalhadoras do sexo. Embora o enredo possa utilizar alguns clichês, o que realmente se destaca é a habilidade de Walker em manter o público envolvido, ansioso pelo próximo desdobramento da trama.
“Milagre na Cela 7” é um poderoso drama turco de 2020 que reconta a história de um humilde pastor de ovelhas, Memo, que enfrenta um desafio colossal ao ser injustamente acusado de um crime que não cometeu. Com sua mente limitada por uma deficiência intelectual, ele luta para provar sua inocência. O filme, dirigido por Mehmet Ada Öztekin, é um remake de uma obra sul-coreana de 2013 e oferece um olhar penetrante nas complexidades sociais e legais da Turquia.
