Autor: Euler de França Belém
Livro de Ana Maria Machado é vítima da Inquisição da ignorância
Ana Maria Machado está sendo vítima — e o termo nem é vítima, porque a autora está acima disso — da ignorância, a maior multinacional do mundo, e da ignorantsia, o saber dos que, a partir de uma situação dada, manipulam informações e indivíduos, aproveitando-se na areia movediça que soterra a razão e aduba o ódio (às vezes gratuito) nas redes sociais.
Nobel de Literatura disse que edifício projetado por Niemeyer deveria ser derrubado
Talvez com a morte de Naipaul prestem mais atenção à sua obra do que às declarações (supostamente) idiossincráticas e, às vezes, frívolas. Cessadas as declarações, ficam os livros, “seres” vivos ou quase. São (muito) diferentes? Nem sempre. Mas a literatura é mais ampla do que as frases de efeito, não raro formuladas exatamente para chocar.
A história ensina que qualquer homem pode ser assassinado
Michael Corleone diz, em “O Poderoso Chefão”, que, “se há alguma coisa certa nesta vida, se a história nos ensinou alguma coisa, é que você pode matar qualquer um”. A história confirma a frase do mafioso ítalo-americano — um personagem de ficção que, de algum modo, é parte da realidade. Quando o capo siciliano Bernardo Provenzano, foi preso, numa aldeia da Itália, estava ouvindo a música do filme. Mafiosos mais jovens inspiram-se no glamour da arte do diretor Francis Ford Coppola.
Além de García Márquez e Shakira, livro mostra a Colômbia que o brasileiro desconhece
O excelente livro “Os Colombianos” (Contexto, 205 páginas), do doutor em História Andrew Traumann, abre, digamos, um portal para o conhecimento do quarto país mais rico da América Latina (atrás apenas de Brasil, México e Argentina). Este texto prioriza a cultura, e você, leitor, como eu, certamente ficará escandalizado com nossa ignorância sobre as várias — ao menos quatro — Colômbias, com seus 50 milhões de habitantes (supera a Argentina e, na América Latina, só perde para Brasil e México).