Autor: Euler de França Belém

Jorge Luis Borges diz que poemas de amor de Neruda são fracos e que a chilena Gabriela Mistral era medíocre

“A História É Amarela — Uma Antologia de 50 Entrevistas da Mais Prestigiosa Seção da Imprensa Brasileira” (Editora Abril, 326 páginas) reúne diálogos com Nelson Rodrigues, Salvador Dalí, João Gilberto, Octavio Paz, Sergio Buarque de Holanda, Gabriel García Márquez, Carlos Drummond de Andrade, Gilberto Freyre, Tom Jobim, João Cabral de Melo Neto, Mario Vargas Llosa, Thomas Piketty, entre outros. O poeta e prosador Jorge Luis Borges foi entrevistado, em setembro de 1980 — seis anos antes de morrer, em 1986, na Suíça —, pelo jornalista Alessandro Porro (morreu em 2003).

Nova tradução de Anna Kariênina por Irineu Franco Perpetuo

Nova tradução de Anna Kariênina por Irineu Franco Perpetuo

Se há uma tradução de qualidade, como a de Rubens Figueiredo, é mesmo necessário uma nova tradução? Claro que sim. Obras-primas emblemáticas, como “Anna Kariênina”, merecem mesmo duas ou mais traduções. Não para que se possa sugerir: “A atual é melhor do que a anterior”. Não é bem assim. Na verdade, novas traduções, que ganham com as traduções anteriores e a expansão da fortuna crítica, são úteis para iluminar romances de grande valor, como o de Tolstói.

George Orwell denunciou tanto o fascismo quanto o stalinismo na Espanha

George Orwell denunciou tanto o fascismo quanto o stalinismo na Espanha

George Orwell é um latifúndio “invadido” pela direita e pela esquerda. A riqueza e a diversidade do que escreveu se prestam ao uso político pelos extremos. A direita trata a obra de Orwell, sobretudo “1984” e “A Revolução dos Bichos”, como uma crítica corrosiva ao totalitarismo comunista — o de Stálin. A ressalva é que o jornalista e escritor não era “rival” tão-somente dos stalinistas.