A aristocracia do nada: Paulo Emílio e a ficção paulista
Em 1977, surgiu um livro inesperado na cena literária brasileira. A narrativa era um bicho estranho, porém familiar, para seus primeiros leitores. Estranho porque parecia deslocado na trajetória do mais renomado crítico e pensador do cinema nacional. O tom familiar vinha de sua escrita, ainda que inédita na ficção, que carregava o mesmo rigor analítico e a mesma ironia de seus ensaios sobre cinema e sociedade.