Autor: Eberth Vêncio

Será que o meu coração já virou pedra?

Será que o meu coração já virou pedra?

De saco cheio com a humanidade. Será que o meu coração já virou pedra? Só pode. Não o fumem, viciados! Quanto tempo perdido. Procuraram. Procuraram até encontrar a menina que estava desaparecida. Morta, aos seis. Foi num matagal, na periferia da cidade, entre latas, garrafas, cacarecos e muito lixo reciclável. Só a humanidade não muda. Farra para larvas e mosquitos. Ninguém segura a dengue. Ninguém segura a iniquidade humana. Nada me resgata do desencanto.

A incrível história do homem que fez amor com uma árvore

A incrível história do homem que fez amor com uma árvore

Já tinha ouvido falar de pessoas que conversavam com árvores, de outros que se enforcavam nelas, mas, aquilo era diferente, surreal. Mais um louco dentre tantos a vagarem por aí? Eu não conhecia o sujeito. Também não saberia lhes dizer que espécie de árvore era aquela. Sempre fui uma criatura urbanoide, um ser humano criado em cativeiro, ou melhor, em apartamento, que até os quinze anos só conhecia vaca pelas fotos de catálogo dos açougue e tinha aprendido a gatinhar no asfalto escaldante das metrópoles.

As 10 melhores canções de Roberto Carlos em todos os tempos

Não se consegue agradar a todos. Mas é fundamental reconhecer o valor das pessoas e suportar a diversidade, inclusive, as predileções musicais de cada um. Seguem as dez melhores do Roberto, de acordo com os leitores da Bula. Não consideramos neste rol as composições de terceiros que foram gravadas por ele. Cabe ressaltar que todas levam a marca indelével de Roberto e Erasmo, parceiros desde os primórdios, uma versão brasileira da grife musical Lennon e McCartney, guardadas as devidas proporções.

Afinal de contas, o ser humano está melhorando ou piorando?

Afinal de contas, o ser humano está melhorando ou piorando?

Na prática, estou mais presente no coração e na mente das pessoas do que o meu pai. Vê, por exemplo, a decapitação de detentos nos presídios do Brasil, a violação de mulheres pelos soldados nos acampamentos de refugiados na Europa, a colheita de cadáveres infantis nas praias da Turquia, a chuva de bombas sobre alvos civis na Síria, a pesca de imigrantes negros mortos no Mar Mediterrâneo.

Apologia ao amor em tempos de corações tristes

Apologia ao amor em tempos de corações tristes

Ando cheio de tudo isso, de gente vazia, do trânsito parado, do giro dos motores, da náusea, do calor do momento, da frieza nos olhares, dos milhares de estranhos se estranhando nas entranhas da cidade, dos motoristas gesticulando com histeria, homens e mulheres (que vergonha!) enlouquecendo mutuamente com a falta de espaço, com o excesso de pressa, com um tempo perdido rumo ao trabalho, o qual, claro, não volta nunca mais, senão nas decrépitas recordações da velhice.