Autor: Eberth Vêncio

Mulher Maravilha desabafa: “Vida de mulher é uma droga”

Mulher Maravilha desabafa: “Vida de mulher é uma droga”

Desconfio que, por pura pirraça, fui intimidado, intimado pelo meu editor na Revista Bula a tomar um banho, cortar as unhas, fazer a mala e viajar para a Califórnia, a fim de entrevistar a Mulher Maravilha. Uma vez que não possuo cotas na Revista, não sou filho de ricos, não sou deputado federal, não sou dono de frigoríficos, não faço esquemas e ando bastante ressabiado por causa da galopante onda de desemprego que assola o Brasil, aceitei a missão, imbuído de pavor e da maior má vontade possível.

Para você, que preenche o mundo com um pouco mais de amor

Para você, que preenche o mundo com um pouco mais de amor

Você, que dá bom dia a cavalo. Que não escoiceia. Que cumprimenta os estranhos, não maltrata animais. Mais do que isso, contrariando todas as recomendações em contrário, você se arrisca e conversa com eles. Você, que adota um cachorro. Que cria os filhos dos outros. Que atravessa a rua para abraçar um amigo que há tempos não vê. Que enxerga além das aparências.

Mantenha distância de pessoas que te deixam triste

Mantenha distância de pessoas que te deixam triste

Ando antissocial, eu reconheço. Não curto hipocrisia. Eu sou aquele desagradável que se sente solitário no meio da multidão, um homem com vontade de olhar pro futuro e virar estátua de sal. Contradições. Não me convide para passeios ao sol, passeatas contra o governo, procissões em prol da igreja, convenções da empresa e arrastões sobre os turistas. Minha praia é outra.

Os 10 melhores poemas de amor

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Pode ser que ele a surpreenda com um colar de estrelas cadentes caídas direto do céu da sua boca. Pode ser que ela fique louca com um anel de dias antes, um artefato simples e ordinário, feito de plástico, que ele descobriu por acaso, futricando dentro, garimpando no fundo de um saco de balas, feito um menino. O afeto disfarça-se nos detalhes, de acordo com o universo feminino. Pode ser que beijos doces redimam um homem amargo que desaprendeu com o tempo a dizer Eu te amo. São coisas que acontecem. A vida é dura. O amor amolece.

A incrível história de como fui parar na icônica capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles

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Apesar de forte tendência suicida, não gosto do ideal desses homens-bombas. Aliás, sou ateu, velho, não sonho com mulheres virgens faz tempo e estou me lixando em entrar no paraíso. Tornei-me um cadeirante, um homem fisicamente inválido e, mais do que tudo, espero pela morte e odeio as cuidadoras contratadas pelos meus herdeiros para limparem o meu rabo, socarem comida moída na minha boca e empurrarem a maldita cadeira-de-rodas até um parque ensolarado. Maldito sol! Pombos, seus miseráveis, vão cagar no inferno!