Último dia para assistir na Netflix o filme considerado um dos mais belos momentos do cinema deste século Wilson Webb / CTMG

Último dia para assistir na Netflix o filme considerado um dos mais belos momentos do cinema deste século

Greta Gerwig, com suas raízes fincadas no cinema independente e uma trajetória marcante que vai de colaborações com Woody Allen a obras autorais como “Lady Bird”, traz uma nova vida ao clássico de Louisa May Alcott com a adaptação de “Adoráveis Mulheres”. Este filme, disponível na Netflix, oferece uma perspectiva fresca e vibrante, mergulhando fundo no coração da época da Guerra Civil Americana, mas com um olhar que ressoa até os dias atuais.

A narrativa se desenrola em torno da matriarca Marmee, interpretada por Laura Dern, e suas quatro filhas, cada uma trazendo sua essência única para a tela. A interação entre elas e a presença magnética de Laurie, vivido por Timothée Chalamet, formam o núcleo emocional da história. Jo, na pele de Saoirse Ronan, emerge como uma força da natureza, desafiando as convenções sociais com sua determinação e espírito livre.

A atenção aos detalhes é evidente em cada aspecto da produção. A escolha de filmar em 35mm, inspirada por uma sugestão de Steven Spielberg, confere ao filme uma textura rica e uma qualidade atemporal, enquanto o figurino, sob a batuta de Jacqueline Durran, é um espetáculo à parte. Cada peça de vestuário reflete a personalidade de sua portadora, com cores e texturas que vão além do mero adorno para se tornarem uma extensão das personagens.

A direção de Gerwig é sensível e inovadora. Ela joga com a cronologia da história de maneira que aprofunda a experiência emocional, permitindo que o público veja o crescimento e as mudanças das irmãs March de uma maneira mais íntima. Esta abordagem não apenas homenageia o texto original, mas também o expande, provocando reflexões sobre a condição feminina em diferentes eras.

A obra é repleta de momentos de calor humano e conexões autênticas, pontuadas por uma trilha sonora sutil que nunca se sobrepõe, mas sim, enriquece as cenas. Ainda que o filme experimente momentos de lentidão em sua segunda metade, e alguns personagens secundários poderiam ter sido mais explorados, estas são questões menores diante da magnitude do que “Adoráveis Mulheres” alcança.

Para tornar os dois últimos parágrafos mais fluidos e humanizados, podemos reescrevê-los focando em uma linguagem mais natural e menos formal, além de destacar os aspectos emocionais e as conexões pessoais que o filme estabelece com o espectador. Aqui está uma versão revisada:

“Adoráveis Mulheres” vai além de ser simplesmente uma nova versão de um clássico querido. É como se Greta Gerwig tivesse reinventado a história com um toque de magia moderna, celebrando de forma vibrante as singularidades femininas e os laços inquebráveis que unem uma família. Ao assistir ao filme, é como se estivéssemos sendo convidados para dentro do mundo das irmãs March, vivenciando suas alegrias, desafios e o crescimento pessoal de cada uma delas. É essa habilidade de Gerwig em captar a essência da obra original e, ao mesmo tempo, soprar vida nova em suas páginas que torna o filme tão especial e relevante para os dias de hoje.

Mas o que realmente faz “Adoráveis Mulheres” brilhar é como ele nos toca profundamente, de maneira quase pessoal. Gerwig não nos entrega apenas um filme de época; ela nos oferece uma janela para refletir sobre nossas próprias vidas — amor, perda, ambição, e o que significa crescer. Assistir a este filme é como embarcar em uma jornada emocionante, repleta de momentos que aquecem o coração e nos fazem refletir sobre a força e a resiliência das mulheres ao longo da história. É uma experiência cinematográfica que não apenas entretém, mas também inspira e ressoa em um nível muito humano.


Filme: Adoráveis Mulheres
Direção: Greta Gerwig
Ano: 2019
Gênero: Romance / Drama
Nota: 10/10