Filme adorável com Susan Sarandon, na Netflix, vai derreter seu coração e deixar sua alma mais leve Divulgação / Sony Pictures

Filme adorável com Susan Sarandon, na Netflix, vai derreter seu coração e deixar sua alma mais leve

Lorene Scafaria é uma jovem talentosa de Nova Jersey que já gravou três álbuns musicais e escreveu, dirigiu e produziu alguns filmes conhecidos, entre eles, “Coerência” e “Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo”. Mas um filme que ela também roteirizou e dirigiu e que revela um pouco mais sobre vida pessoal é “A Intrometida”, uma adorável comédia estrelada por Susan Sarandon, Rose Byrne e J. K. Simmons.

Este filme expressa um pouco das relações, em geral, entre mães e filhos e foi uma forma de Scafaria homenagear sua mãe. Sarandon interpreta Marnie, uma recém-viúva, que se muda de Nova Jersey para Los Angeles para ficar perto de sua filha, Lori (Byrne). Munida com uma conta bancária cheia de dinheiro deixada por seu falecido marido, otimismo e muito amor, ela vive uma rotina cheia se intrometendo na vida de desconhecidos em Los Angeles.

O motivo pelo qual ela se intromete tanto na vida das pessoas e as ajuda a resolver seus problemas e lidar com situações é porque a própria filha a exclui de sua vida, não atendendo suas ligações, não a recebendo em sua casa e a afastando. A história tem alguma relação com Scafaria e sua mãe, porque é uma leitura mais dramática de como elas encararam a morte do patriarca da família. Em uma entrevista, a diretora comentou sobre como ela e a mãe enfrentaram a morte de seu pai de formas tão diferentes e como ela admirou sua mãe por ter encarado com tanta alegria e otimismo.

Basicamente, o que Scafaria fez para transformar a relação com sua mãe em filme foi acrescentar algumas aventuras, situações inusitadas de humor para o filme e romance. “A Intrometida” é agridoce, porque nos faz pensar sobre a solidão da mulher. Primeiro, a adaptação para a vida materna é muito dura, cheia de aprendizados, erros e julgamentos. Mas uma vez que você se torna mãe, é difícil voltar a ser quem era antes. Suas prioridades mudam. Seu mundo gira em torno dos filhos e, quando eles saem de casa, você já se esqueceu de quem era antes deles chegarem. É neste momento que muitas mães entram em depressão, sentem um vazio existencial. Afinal, se os filhos não precisam mais da mãe, para que ela serve? Há uma solidão implacável que atinge mulheres mais maduras. Quando o marido morre, então, é preciso encontrar uma nova rotina, uma nova identidade. Mulheres são sobrecarregadas com o fardo de cuidar. Elas cuidam durante toda sua vida e, quando não há mais a quem cuidar, muitas se sentem inutilizadas.

Marnie passa o filme inteiro querendo cuidar das pessoas, resolver seus problemas. Embora isso irrite profundamente Lori, traz boas consequências para a vida de Marnie, porque ela tem oportunidade de fazer amigos, ajudar quem precisa e encontrar um novo amor.

“A Intrometida” é uma reflexão sobre a vida, as relações familiares e a relação com outros indivíduos, depois que você já é um adulto mais avançado. A necessidade que temos de nos manter ativos e importantes na vida das pessoas. E o mais importante, manter a alegria de viver quando o mundo como você conhecia e experimentou a maior parte de sua vida se desfaz.


Filme: A Intrometida
Direção: Lorene Scafaria
Ano: 2015
Gênero: Drama/Comédia/Romance
Nota: 8/10