Um dos mais belos e delicados filmes na Netflix vai te fazer rir e chorar Distribuição / Metropolitan Film

Um dos mais belos e delicados filmes na Netflix vai te fazer rir e chorar

Ninguém resiste a um filme de cachorro. Sempre rende alguns sorrisos, lembranças e lágrimas. Quem nunca teve um animalzinho que marcou sua vida que atire a primeira pedra. Companheiros leais, alegria da casa, sensitivos e curiosos, os animais de estimação são verdadeiras injeções de serotonina no cotidiano de qualquer pessoa. Em “Quatro Vidas de um Cachorro”, acompanhamos a jornada de um cãozinho que reencarna por algumas vezes, mas sua passagem mais marcante, como Bailey, o atrai de volta para seu primeiro dono, Ethan.

Mas vamos começar do começo. Primeiro, o cachorrinho, narrado por Josh Gad, é um filhote de rua. Após algumas semanas brincando com seus irmãozinhos e cavando buracos em um lote baldio, ele é capturado pela carrocinha. Poderia ser o fim de sua curta aventura na Terra, mas logo ele renasce como um red retriever em um canil.

Durante a visita de um cliente, o cachorrinho consegue fugir, mas é pego por dois caras estranhos que pretendem vendê-lo por um bom valor. No entanto, os homens o abandonam sem água dentro de uma caminhonete e, quando o filhote estava prestes a morrer desidratado, é avistado por Ethan (Bryce Gheisar), um garotinho bondoso, e sua mãe (Juliet Rylance).

Eles o resgatam, o acolhem e o batizam de Bailey. Ao longo de toda a infância e adolescência de Ethan, Bailey o acompanha como seu parceiro de todas as horas e fiel escudeiro. Quando Ethan (K.J. Apa), agora adulto, precisa ir embora para a faculdade, Bailey se sente solitário, mas a idade também começa a pesar em seus ossos. Sua breve vida de cachorro parece ter chegado ao final de mais um ciclo.

Então, Bailey volta como Leslie, uma pastora alemã que nasce em uma delegacia de polícia e é treinada para capturar bandidos, encontrar drogas e salvar reféns. Sua vida é uma verdadeira correria. A maior parte do tempo, Leslie não tem tempo de brincar, apenas de treinar e acompanhar seu policial, Carlos (John Ortiz), em suas missões.

E é em um desses trabalhos que Leslie é baleada e morre. Mas este ainda não é o fim para Bailey (ou Leslie). Mais uma vez ele retorna, agora como Tino, um cachorrinho pequenino e orelhudo que é comprado por uma estudante universitária que só o alimenta com porcaria, mas o ama muito. Ele envelhece com ela e acompanha o desenvolvimento da vida de sua nova dona até morrer novamente e renascer como um São Bernardo que vai parar em um bairro periférico, morando com pessoas de caráter duvidoso.

Depois de ser abandonado no meio do nada, o cachorro começa a sentir um cheiro familiar. Conforme segue seu olfato e sua intuição canina, ele alcança lugares já vistos antes, em outra vida. Ele se vê novamente na fazenda para onde se mudou com Ethan, antes de ele ir para a faculdade. Logo Bailey avista seu antigo dono e corre em sua direção. Ethan, claro, não sabe que se trata do mesmo cachorro de sua infância, mas aceita o acolher.

E é graças a Bailey que Ethan tem a oportunidade de viver algumas experiências que não pôde aproveitar no passado, devido algumas tragédias pessoais. Uma delas, é reencontrar um antigo amor, Hannah (Britt Robertson e Peggy Lipton). Mesmo tendo retornado para seu primeiro dono, Bailey quer provar para Ethan que ele é o cachorro de sua infância. Então, traça planos para tentar convencer seu amigo.

Em meio a todas essas jornadas, algumas muito felizes e outras nem tanto, nos emocionamos com a trajetória de um cachorro que fez de tudo para reencontrar seu verdadeiro tutor. Nessa aventura, é impossível não sentir o coração amolecido pelas cenas embaladas pela trilha melodramática de Rachel Portman e a fotografia etérea de Terry Stacey.

O filme de Lasse Hallström é bem-sucedido em despertar memórias nostálgicas e sentimentos familiares, que vão nos levar de volta para nossa infância. Se você ama animais, sem dúvidas de que esse filme vai trazer fortes emoções e te arrancar algumas lágrimas.


Filmes: Quatro Vidas de um Cachorro
Direção: Lasse Hallström
Ano: 2017
Gênero: Drama/Aventura/Família
Nota: 7/10