Romance na Netflix faz recarregar sua bateria espiritual e te fazer voltar a crer em milagres Divulgação / Ellinas Multimedia

Romance na Netflix faz recarregar sua bateria espiritual e te fazer voltar a crer em milagres

Escrito, dirigido e protagonizado por Robert Krantz, “Na Balada do Amor” é um filme de sessão da tarde, com temática cristã e que irá abastecer o tanque de fé e esperança daqueles que acreditam em Deus e estão precisando de mais combustível para alimentar seus espíritos. A vida, por vezes, nos deixa desnorteados. Você pode até acreditar que há um ser superior no controle de todas as coisas e que a fé é capaz de mover montanhas, mas nada disso vai adiantar muito se você não está disposto a compreender que a vontade que prevalece é não sua própria. O mundo é regido por um monte de leis da natureza, que não obedecem aos nossos comandos. É preciso soltar o remo e deixar o barco da vida ser levado pelas ondas. Não há muitas coisas que podemos controlar e a obsessão pelo controle é o que nos deixa ansiosos, estressados e mentalmente sobrecarregados.

No enredo de “Na Balada do Amor”, Jimmy Hope (Krantz) é um viúvo e pai de duas filhas. Desestimulado e solitário, ele é visto chorando várias vezes pela filha caçula, Demetra (Aria Walters), que pede ao reverendo que ore para que seu pai participe do concurso de dança e conheça a professora, para que não se sinta mais tão triste. O reverendo diz que vai orar, mas que é preciso deixar que Deus faça o que ele próprio quer, sem intervenções. Demetra concorda e, a partir de então, sua fé começa a trazer transformações para sua família.

Hope e a professora de dança, Faith Turley (Peta Murgatroyd), começam a treinar para o concurso. O premio é avaliado em 25 mil dólares e Faith pretende usar parte do dinheiro para salvar seu estúdio, que está prestes a ser fechado, porque o prédio precisa de uma reforma que ela não pode pagar. Enquanto se preparam para a competição, Faith, que está recém-divorciada, começa a abrir seu coração para Hope e a reencontrar seu caminho para a fé. Já Hope encontra um novo estímulo para viver, já que estava tão desanimado que sequer conseguia produzir resultados no seu trabalho. Os dois desenvolvem um romance, que promete ser libertador para ambos, pois os dois tem travas emocionais que precisam urgentemente ser quebradas.

Embora o amor de Hope por sua falecida esposa seja extremamente real e palpável, o que torna muito difícil de ser superado, ele precisa dar continuidade a sua vida. Por outro lado, Hope quer ser a condutora das danças, porque tem dificuldades em entregar o controle e confiar novamente em outra pessoa. Juntos, eles darão os passos necessários para superar seus traumas e suas dores.

Nessa produção singela e praticamente independente, há uma mensagem de fé que poderá preencher seu coração, caso esteja precisando encontrar alguma motivação ou sinal. É a primeira vez de Peta Murgatroyd nas telas e ela se sai muito bem como estreante, com expressões sinceras e uma energia radiante. A realidade é que a naturalidade dela é muito mais substantiva que do próprio Krantz, que não economiza algumas caras e bocas para a tela. Peta é o carisma desse longa-metragem que vai te deixar um pouco mais em contato com seu lado espiritual.


Título: Na Balada do Amor
Direção: Robert Krantz
Ano: 2019
Gênero: Romance
Nota: 6/10