Decálogo do Perfeito Contista, de Horacio Quiroga

Decálogo do Perfeito Contista, de Horacio Quiroga

Publicado originalmente na revista “Babel”, de Buenos Aires em 1927, o “Decálogo do Perfeito Contista”, de Horacio Quiroga, se tornou uma espécie de receituário para contistas iniciantes. “O ‘Decálogo do Perfeito Contista’ é, por um lado, a profissão de fé de um exímio contista, a partilha — generosa, diga-se — de um conhecimento forjado a duras penas, com o objetivo, talvez, de maneirar os excessos literários da juventude, mas, por outro lado, é também um documento literário de uma época e de um modo de se pensar a literatura.”

Contemporâneo de Jorge Luis Borges, Leopoldo Lugones e Juan Carlos Onetti, Quiroga nasceu em Salto, Uruguai, em 1878. Poeta, romancista, diplomata e dramaturgo. Sua vida foi marcada por acontecimentos trágicos — a morte violenta do pai, o suicídio do padrasto, a morte brutal de dois de seus irmãos, o suicídio de seus três filhos e, posteriormente à sua morte, também por suicídio ao saber que sofria de um câncer gástrico. Alguns livros de Horacio Quiroga são considerados obras fundamentais do conto latino-americano, com destaque para: “Contos de Amor, de Loucura e de Morte” (1917), “Contos da Selva” (1918), “Os Desterrados” (1926), e “Mais Além” (1935), última obra do autor.