5 estreias recentes da Netflix que valem cada segundo — até seu celular vai esquecer de vibrar Divulgação / Netflix

5 estreias recentes da Netflix que valem cada segundo — até seu celular vai esquecer de vibrar

A Netflix lança dezenas de títulos por mês, mas raramente acerta em cheio. Entre acenos ao algoritmo e tentativas genéricas de viralização, pouca coisa segura por conta própria. Desta vez, não. Cinco estreias recentes, com perfis completamente distintos, chamam atenção não pela grandiosidade, mas pela solidez. “Gladiador II” expande um clássico com controle narrativo e escolhas seguras. Ridley Scott não tenta reinventar o épico, apenas o atualiza com outro corpo, outro herdeiro, outra arena. Paul Mescal assume o centro com firmeza. Denzel Washington e Pedro Pascal ajudam a dar peso. O filme não grita, mas sustenta. Já “Happy Gilmore 2”, de forma surpreendente, não apela para a nostalgia fácil. Adam Sandler volta, sim, mas em um registro mais contido, mais envelhecido, com uma comédia de ritmo mais seco. Funciona porque respeita o tempo que passou. “Meu Ano em Oxford” vai por outro caminho. Parece romance leve, mas fala de finitude, decisão e afeto real com mais maturidade do que promete à primeira vista. Sofia Carson e Corey Mylchreest se encontram num tom difícil: íntimo sem ser melodramático. No campo do terror, “Five Nights at Freddy’s — O Pesadelo Sem Fim” adapta uma franquia de jogos com mais competência do que a média do gênero. Josh Hutcherson segura a narrativa com sobriedade, e o filme não abusa de sustos gratuitos. Há atmosfera, e há um subtexto de perda que segura o roteiro no chão. Por fim, “O Terminal”, ainda que não seja novidade, voltou ao catálogo e vale ser revisto. Spielberg, em tom menor, conduz uma história de resistência silenciosa com leveza e dignidade. Tom Hanks segura tudo com um tipo de carisma que parece escasso hoje. Juntos, esses cinco filmes oferecem experiências distintas, mas compartilham um ponto importante. São projetos com direção firme, propostas claras e execução coerente. Não tentam ser maiores do que são. E talvez seja justamente isso que faz com que cada um deles, ao seu modo, funcione tão bem.

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