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Um dos melhores filmes de espionagem de todos os tempos está na Netflix e vale cada milésimo de segundo do seu tempo Divulgação / Nick Briggs

Um dos melhores filmes de espionagem de todos os tempos está na Netflix e vale cada milésimo de segundo do seu tempo

“O Anjo do Mossad” parte da curiosidade inevitável que todo filme de espionagem desperta para perseguir as zonas cinzentas de Ashraf Marwan, figura ainda hoje envolta em controvérsia. Ariel Vromen explora a carência emocional do protagonista sem perder de vista o tabuleiro político do Egito dos anos 1970, entre Nasser, Sadat e Israel, enquanto o suspense se arma entre Cairo e Londres. Mesmo com fios soltos, a trama pulsa e entrega pistas valiosas.

Um filme na Netflix que parece teatro — e vira cinema na sua frente David Lee / Netflix

Um filme na Netflix que parece teatro — e vira cinema na sua frente

Da ribalta ao cinema, “American Son” mantém a força do palco ao encenar, numa delegacia de Miami, a tensão racial que atravessa Estados Unidos e Brasil. A noite de chuva incessante, a fotografia pesada de Kramer Morgenthau e o elenco reduzido criam a atmosfera claustrofóbica que afasta a sensação de teatro filmado. No centro, Kendra espera por Jamal, confrontando insinuações, burocracia e um desfecho anunciado, que expõe o caos institucional.

Esse filme da Netflix não pede sua atenção — ele toma Divulgação / Bubble Studios

Esse filme da Netflix não pede sua atenção — ele toma

Do registro propagandístico da coroação de Nicolau II ao impacto de Eisenstein, o texto lembra que o cinema russo nunca foi simples — e encontra em “Major Grom Contra o Dr. Peste” mais um capítulo dessa vocação polissêmica. Oleg Trofim conduz uma distopia neorrealista sem proselitismo, apoiada no carisma bruto de Tikhon Zhiznevskiy e na dinâmica com Yulia Pchelkina, entre perseguições, violência, humor e um romance apenas sugerido, que areja uma narrativa linear.

Você vai achar que entendeu cedo demais — esse suspense com Anne Hathaway na Netflix te hipnotiza… e te desmonta no final Divulgação / Neon

Você vai achar que entendeu cedo demais — esse suspense com Anne Hathaway na Netflix te hipnotiza… e te desmonta no final

Atordoada, Eileen Dunlop persevera, sobrevive, talvez nem esperando mais receber neste plano as recompensas pelo cotidiano de sacrifícios, até que anuncia-se-lhe uma salvadora. Um certo messianismo dá o tom em “Meu Nome era Eileen”, um thriller psicológico melodramático que usa de muita sofisticação para falar de baixezas. Respaldado pela fotografia de Ari Wegner e a edição de Nick Emerson, o diretor William Oldroyd constrói um labirinto de melancolia e repulsa, onde nada é o que parece.