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Chegou à Netflix a série que fãs de samurais pediam há anos — e ela já domina as conversas de 2025 Divulgação / Netflix

Chegou à Netflix a série que fãs de samurais pediam há anos — e ela já domina as conversas de 2025

O confronto de 292 guerreiros caídos em desgraça por um prêmio de bilhões de ienes é o mote central de “Até o Último Samurai”, série que mistura o sobrestimado “Round 6” (2021-2025), de Hwang Dong-hyuk, e “Xógum: A Gloriosa Saga do Japão” (2024), de Jonathan van Tulleken e Frederick E.O. Toye, vencedora do Emmy de Melhor Série Dramática de 2024. Michihito Fujii, Kento Yamaguchi e Toru Yamamoto dirigem cada um dois dos seis episódios, mirando o espírito do mangá de Shogo Imamura ilustrado por Katsumi Tatsuzawa, e no roteiro de Fujii e Risa Yashiro nota-se o refinamento dos diálogos e das situações, marca do gênero.

O filme tailandês mais intenso do ano acaba de estrear na Netflix Divulgação / Netflix

O filme tailandês mais intenso do ano acaba de estrear na Netflix

Há algo de irresistível na mitologia dos fora da lei. São figuras que atravessam fronteiras entre o crime e a lenda, entre o fascínio popular e a condenação moral. “Tee Yai: Nascido Para o Mal”, dirigido por Nonzee Nimibutr, revisita esse território ambíguo com um olhar que mistura reverência e desencanto. O filme não quer apenas reviver a história de um criminoso célebre da Tailândia dos anos 1980, mas questionar o próprio mecanismo que transforma um homem em mito, e o mito em mercadoria.

Guillermo del Toro reinventa clássico do terror gótico e entrega uma das experiências mais belas do cinema recente, na Netflix Ken Woroner / Netflix

Guillermo del Toro reinventa clássico do terror gótico e entrega uma das experiências mais belas do cinema recente, na Netflix

“Frankenstein”, de Guillermo del Toro, é uma tentativa grandiosa de devolver ao mito fundacional da literatura moderna o peso que a sucessão de adaptações diluiu. O cineasta parte de Mary Shelley não apenas para reconstruir uma narrativa sobre vida e morte, mas para propor uma reflexão sobre a própria natureza da criação, seja ela científica, artística ou moral. Há algo de inevitavelmente ambicioso nesse gesto: o que Shelley concebeu como tragédia romântica e crítica à arrogância humana, Del Toro traduz em espetáculo visual e sentimental, onde cada imagem busca não só fascinar, mas convencer o espectador de que o horror ainda pode carregar dignidade.

Suspense alemão na Netflix promete tensão, mas o que brilha mesmo é o sol de Maiorca Julia Terjung / Netflix

Suspense alemão na Netflix promete tensão, mas o que brilha mesmo é o sol de Maiorca

“Quero Você” começa como uma promessa de tensão e termina como um exercício de resistência. O filme, ambientado na ensolarada ilha de Maiorca, tenta se sustentar sobre a atmosfera do suspense, mas o que se constrói ali é mais um jogo de aparências do que um thriller propriamente dito. Tudo parece calculado para seduzir o espectador pelo cenário, e apenas por ele. A fotografia é impecável, a luz mediterrânea é quase um personagem, mas a trama parece se dissolver sob o próprio sol.

Arnold Schwarzenegger em sua comédia mais caótica e nostálgica disponível na Netflix Divulgação / Twentieth Century Fox

Arnold Schwarzenegger em sua comédia mais caótica e nostálgica disponível na Netflix

“Um Herói de Brinquedo” é uma farsa natalina disfarçada de comédia familiar, uma daquelas produções em que o riso vem acompanhado de uma pontada de vergonha alheia e um tanto de melancolia. O filme, lançado nos anos 1990, parecia inocente ao colocar Arnold Schwarzenegger no papel de um pai desesperado para encontrar o brinquedo mais desejado do Natal, o famigerado Turbo Man. Mas, sob a superfície reluzente de luzes e canções festivas, o que se revela é um retrato objetivo, e cruelmente atual, do capitalismo travestido de espírito natalino.