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Cult absoluto de Brian De Palma retorna à Netflix e prova que filme de qualidade nunca envelhece Divulgação / Red Bank Films

Cult absoluto de Brian De Palma retorna à Netflix e prova que filme de qualidade nunca envelhece

A sucessão de releituras do romance de Stephen King costuma produzir resultados irregulares, mas a versão de Brian De Palma para “Carrie, a Estranha” permanece como um ponto de inflexão na representação do terror juvenil. A marca do filme não é artifícios ou pirotecnias visuais, e sim na forma como constrói, com capricho quase clínico, a trajetória de Carrie White, interpretada por Sissy Spacek com uma contenção que transmuta fragilidade em ameaça.

O fenômeno de James Cameron que arrastou 300 milhões aos cinemas voltou à Netflix — e continua absolutamente devastador Divulgação / TriStar Pictures

O fenômeno de James Cameron que arrastou 300 milhões aos cinemas voltou à Netflix — e continua absolutamente devastador

Filmado em clima de paranoia tecnológica e violência urbana barata, o longa de James Cameron mistura ficção científica e ação policial para encenar uma perseguição que atravessa décadas em poucas horas. O orçamento enxuto obriga cada escolha de cenário, maquiagem e movimento de câmera a trabalhar pela ideia de destino programado, e a figura do assassino mecânico ganha peso quase mítico, embora esteja sempre atravessando becos muito concretos, cheios de gente distraída, vendo lojas, sinais vermelhos, ninguém percebendo o abismo.

Filme de Baz Luhrmann desembarca na Netflix com Austin Butler impecável e um Tom Hanks fora da curva Divulgação / Warner Bros.

Filme de Baz Luhrmann desembarca na Netflix com Austin Butler impecável e um Tom Hanks fora da curva

Poucos projetos recentes revelam de forma tão nítida a dificuldade de conciliar ambição estética com rigor narrativo quanto “Elvis”. A proposta de revisitar a trajetória de Elvis Presley, conduzida por Baz Luhrmann, parte de um princípio que poderia render um estudo sólido sobre ascensão, exploração e desgaste público. No entanto, o filme decide percorrer um caminho que privilegia intensidade visual acima de coerência dramática, confiando que o magnetismo de Austin Butler sustentaria a estrutura.

A comédia na Netflix que lembra que ninguém sai ileso da pré-adolescência Divulgação / Fox 2000 Pictures

A comédia na Netflix que lembra que ninguém sai ileso da pré-adolescência

A insistência de Greg Heffley em acreditar que o mundo lhe deve alguma forma de glória precoce sempre me soou como a síntese perfeita da ingenuidade cruel da pré-adolescência. Em “Diário de Um Banana”, Zachary Gordon encarna um garoto convencido de que a fila da vida começa justamente onde ele está, e que qualquer desvio, inclusive um amigo que não cabe no molde imaginário do sucesso, ameaça sua ascensão ao pódio invisível da popularidade do colégio.

O filme mais bonito que você verá neste mês de novembro, baseado na obra-prima de Jack London, acaba de chegar à Netflix Divulgação / 20th Century Studios

O filme mais bonito que você verá neste mês de novembro, baseado na obra-prima de Jack London, acaba de chegar à Netflix

Lealdade é um traço incontornável da personalidade canina, e este é um dos pontos que Chris Sanders toca em “O Chamado da Floresta”, drama pleno de beleza e ritmo. O roteiro de Michael Green bebe do clássico de Jack London (1876-1916), publicado em 1903, mas encontra brechas para uma versão mais autoral e ancorada na tecnologia. A magia, entretanto, não se perde.