A paixão é uma afronta ao destino. Gestos, conversas, abraços, beijos viram lições sobre como entender o outro sem tentar submetê-lo a moldes, acolhendo suas estranhezas, amando seus defeitos. “Romance à La Carte” oscila entre o melodrama e o humor ao contar a história de um casal em momentos distintos, mas que não pode vencer a força de uma atração inexplicável.
O mundo está cada vez mais apressado e saturado de notícias que parecem disputar quem consegue deixar o espectador mais exausto. Rir virou, praticamente, um ato de resistência. As boas comédias não são apenas um escape, mas um lembrete de que o riso tem camadas, e que o humor, quando bem feito, consegue fazer até situações trágicas ficarem mais doces. A Revista Bula encontrou no Prime Video filmes que provocam o riso e se tornam um refugio para quem precisa desse tipo de alívio.
O lançamento aposta em um romance de fuga de porte enxuto, interessado em sensações rápidas e escolhas sob pressão. A vida estagnada de um homem encontra uma figura que injeta urgência, e a encenação transforma deslocamentos cotidianos em impulso narrativo. Cores vivas, cortes secos e música como motor definem o andamento, enquanto o humor melancólico impede que a leveza apague o risco. Há repetição de dilemas e falas que se estendem, mas a energia da proposta e a presença do casal sustentam o interesse.
Adaptação de romance oitocentista em tom sóbrio, o filme acompanha a formação emocional de uma herdeira normanda diante de convenções que transformam afeto em patrimônio. Elipses e silêncio conduzem o relato sem grandiloquência, com a câmera próxima aos rostos para registrar pequenas decisões que se acumulam ao longo dos anos. O foco recai menos em vilões e mais em mecanismos sociais que naturalizam tutela masculina e administração da vida privada.
Ambientado nos anos 1920, o filme acompanha um casamento arranjado que se converte em afeto, examinando como pressões econômicas, expectativas familiares e etiqueta social moldam escolhas. A direção aposta em humor discreto, ritmo enxuto e atenção aos objetos, figurinos e espaços, sem anacronismos simplificadores. A dupla central sustenta a transformação com gestos e olhares, enquanto coadjuvantes funcionam como forças de ordem. Telefilme de foco íntimo, pensado para televisão, que prefere a observação à reviravolta e trata o romantismo com serenidade.
