O filme, baseado na obra de Blanka Lipińska e dirigido por Barbara Bialowas e Tomasz Mandes, aborda temas que frequentemente transitam pela fantasia adulta, como dominação, poder e as fronteiras do que é considerado aceitável. É fundamental, no entanto, entender que esses elementos são parte de uma ficção e não devem ser interpretados como reflexões ou endossos de comportamentos adequados na vida real.
Em “Meia-Noite em Paris”, Woody Allen explora as inquietações de um roteirista em crise que, ao viajar para Paris com a noiva, encontra uma chance improvável de reviver o glamour artístico da cidade nas décadas passadas. Gil Pender, vivido por Owen Wilson, embarca em uma jornada onde a nostalgia e a insatisfação com o presente se misturam, levando-o a encontros inesperados com grandes ícones culturais. Nesta comédia agridoce, Allen faz uma reflexão sobre o tempo, o escapismo e os perigos de idealizar o passado.
Depois de uma vida de trabalho duro, o sonho de Ada Harris é ter um vestido — mas não qualquer vestido. Ada, uma viúva da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que sobrevive trabalhando como governanta em Londres, junta as economias de uma vida inteira e parte para uma terra que considera encantada, mas nem por isso inatingível, e quem é capaz de julgá-la? Essa primeira impressão cheia de ambivalências em “Sra. Harris vai a Paris”, quanto ao filme e à protagonista, é elaborada com o fino requinte da ironia e a onipresença do lirismo por Anthony Fabian, atento a cada detalhe, um artesão na plenitude de seu ofício.
“Jogo do Dinheiro”, dirigido por Jodie Foster, mergulha no mundo da especulação financeira e das tensões ao vivo em um programa de TV. George Clooney interpreta Lee Gates, um carismático apresentador de investimentos que, ao promover ações questionáveis, é surpreendido por um investidor que perdeu tudo e invade o estúdio armado. Ao lado de sua produtora Patty (Julia Roberts), Lee tenta sobreviver ao sequestro, enquanto o público, assistindo ao vivo, questiona o próprio sistema financeiro.
Sergio Leone (1929-1989) ficaria orgulhoso de “Thar”. A história sobre tráfico de drogas, mortes brutais e uma vingança urdida em fogo baixo contada por Raj Singh Chaudhary remete, em alguma medida, a “Três Homens em Conflito” (1966), quiçá o faroeste mais cheio de camadas, sutis e arrebatadoras, já levado à tela, façanha do realizador mais criterioso que esse gênero tão peculiar já conheceu.
