“Era uma Vez no Oeste” é decerto o trabalho no qual Sergio Leone (1929-1989) melhor aliou a tensão dramática ao deslizar melífluo das horas nos confins da América dos anos 1870. Com calma, sem nenhuma pressa, vão despontando os tantos conflitos de que o diretor quer falar através do roteiro assinado com os grandes Dario Argento e Sergio Donati (1933-2024).
Um assassino em série espalha terror pela Europa, deixando postais como prenúncio de suas atrocidades. O detetive Jacob Kanon, motivado pela perda da filha, embarca em uma caça obsessiva ao criminoso, com a ajuda de uma jornalista sueca. A trama se desenrola entre pistas enigmáticas, crimes brutais e um jogo de sombras e arte. Disponível na Netflix, “Postais Mortíferos” conduz o espectador a um thriller intenso e visualmente impactante.
Shyamalan conduz um mergulho inquietante na mente fragmentada de um homem que carrega dentro de si uma legião. Em um jogo de sombras e dominâncias, o diretor traça um estudo psicológico afiado, onde a realidade se dobra ao poder da mente e a identidade se dissolve em um conflito interno avassalador. “Fragmentado” é um thriller que escapa ao comum, costurando tensão e melancolia ao retratar uma psique que luta contra si mesma, sem jamais encontrar refúgio.
Ovacionado por dez minutos no Festival de Veneza, o longa-metragem brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, adapta o relato autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a Ditadura Militar. Com sessões esgotadas e grande repercussão nas redes, o filme se tornou um dos tópicos mais discutidos no país. O entusiasmo em torno de sua possível indicação ao Oscar cresce, mas a resposta da Academia permanece incerta. Produções biográficas costumam ser bem recebidas, mas, em geral, quando se referem à própria história norte-americana.
As águas do Sena nunca pareceram tão perigosas. Xavier Gens conduz um thriller onde o impensável se torna real: um tubarão predador assombra Paris, desafiando a lógica e espalhando pânico. Misturando ação, horror e crítica ambiental, o filme insere um toque de brutalidade inesperada no cenário francês, criando uma tensão crescente que prende o espectador até o desfecho.
