Nem Shakespeare, nem Verne: o autor mais traduzido do mundo é uma mulher
De São Luís a Jacarta, de Montevidéu a Teerã, Agatha Christie ocupa um espaço silencioso nas estantes do mundo. A autora mais traduzida da história da literatura não se impõe com tratados filosóficos ou romances de formação, mas com crimes meticulosamente encenados, diálogos enxutos e promessas de revelação. Neste perfil, revisita-se a trajetória da escritora que sobreviveu a impérios, revisões editoriais, adaptações e reconfigurações culturais. Um fenômeno editorial e narrativo que continua, ainda hoje, a ser lido, traduzido e relido — em mais de cem idiomas, em mais de sete mil versões. Um enigma que o tempo ainda não resolveu.