A história mais bonita que você vai ver esta semana está na Netflix — e vai ficar com você por muito tempo Divulgação / Paramount Pictures

A história mais bonita que você vai ver esta semana está na Netflix — e vai ficar com você por muito tempo

Por mais espírito que se tenha, a verdade é que ninguém joga para perder. O triunfo é sempre o começo de uma outra jornada, mas como entender isso numa fase da vida em que todas as coisas são absolutamente desconhecidas e sequer se pode ter certeza da própria vontade? Robert James Fischer, o Bobby Fischer a que alude o título original de “Lances Inocentes”, pagou um preço alto ao tornar-se um dos maiores enxadristas dos Estados Unidos. Steven Zaillian vale-se desse argumento ao esmiuçar a biografia de Joshua Waitzkin, uma promessa dos tabuleiros em meados dos anos 1980.

Os 7 melhores filmes da Netflix em 2025 (até agora), escolhidos por críticos e o público Divulgação / Netflix

Os 7 melhores filmes da Netflix em 2025 (até agora), escolhidos por críticos e o público

Entre os filmes originais da Netflix lançados em 2025, apenas sete alcançaram aprovação consistente tanto da crítica especializada quanto do público geral. Combinando notas altas no Rotten Tomatoes e IMDb com bons resultados de audiência, esses títulos se consolidaram como os melhores do ano até agora. São produções distintas em gênero e proposta, mas que se destacaram por mérito próprio em um catálogo cada vez mais competitivo. Mais do que populares ou premiados, são filmes que conseguiram entregar o que prometeram — e, em muitos casos, mais do que isso.

A história da escritora que escandalizou o Brasil em 1920 — e foi apagada como quem cometeu um crime

A história da escritora que escandalizou o Brasil em 1920 — e foi apagada como quem cometeu um crime

Chrysanthème foi uma das vozes mais ousadas e incômodas da literatura brasileira no início do século 20. Escreveu sobre vício, desejo e histeria feminina com linguagem afiada e intensidade rara. Foi publicada, vendida, elogiada e, depois, meticulosamente esquecida. Neste ensaio, resgatamos a trajetória de Cecília Vasconcelos, mulher que escreveu como quem desafia a própria história — e foi apagada por isso. Seu nome não consta nos cânones literários, mas sua obra ainda pulsa como corte. Redescobri-la é lembrar que, às vezes, escrever é sangrar com método.

O melhor filme de mistério da Netflix vai fazer você se sentir um gênio… até te derrubar no último segundo Christopher Raphael / Warner Bros.

O melhor filme de mistério da Netflix vai fazer você se sentir um gênio… até te derrubar no último segundo

Sherlock Holmes talvez nunca deixe de ser o detetive mais célebre da ficção. O “Sherlock Holmes” de Guy Ritchie, no entanto, tem o condão de resgatar boa parte do espírito aventureiro do personagem-título. O roteiro de Michael Robert Johnson, Simon Kinberg e Anthony Peckham trafega com desenvoltura entre esses dois polos, o do saudosismo do passado e aquele que indica um futuro muito menos glamoroso, às vezes até esticando a corda a fim de alcançar um certo frescor narrativo.

A história do escritor brasileiro que ensaiou a própria ruína e saiu de cena antes do primeiro aplauso

A história do escritor brasileiro que ensaiou a própria ruína e saiu de cena antes do primeiro aplauso

Era como se escrevesse com o corpo. Ou contra ele. A língua que cuspia não obedecia à gramática dos vivos, nem dos mortos. Tinha um jeito de estar fora da sala mesmo quando era o centro da mesa. Falava atravessado, com os olhos meio fundos, meio ausentes. Ninguém sabia ao certo se estava fingindo ou dissolvendo. Talvez as duas coisas. O fato é que, quando lançou “PanAmérica”, em 1967, já parecia ter saído de si fazia tempo.