Um tributo ao cinema — o clássico proibido que a Mubi trouxe de volta Divulgação / Península Films

Um tributo ao cinema — o clássico proibido que a Mubi trouxe de volta

A vidraça estilhaçada da juventude pode refletir múltiplas imagens ao mesmo tempo: o desejo de mudar o mundo e a vontade obstinada de fugir dele; a utopia escrita em panfletos nas ruas e a fantasia erguida entre lençóis, onde nenhuma revolução precisa ser sangrenta. Nesse intervalo entre a história e o hedonismo, existe um apartamento parisiense que parece suspenso no tempo.

Um dos papéis mais sombrios de Nicolas Cage está na Netflix e vai te prender até o último minuto Divulgação / Lionsgate Films

Um dos papéis mais sombrios de Nicolas Cage está na Netflix e vai te prender até o último minuto

A narrativa acompanha uma investigação que encosta no limite do que a lei consegue provar e do que as vítimas suportam recordar. Sem atalhos redentores, a história expõe como decisões aparentemente pequenas empurram pessoas para riscos maiores ou para brechas de sobrevivência. Entre promessas de proteção, silêncios estratégicos e movimentações calculadas do suspeito, cada passo cobre terreno real e cobra preço psicológico. O jogo é menos sobre esperteza e mais sobre persistência: transformar lembranças esparsas em evidências e impedir que a próxima noite repita o padrão de violência.

O filme do Prime Video que cura um coração cansado melhor que terapia Divulgação / Amazon Prime Video

O filme do Prime Video que cura um coração cansado melhor que terapia

O cinema romântico insiste em reafirmar uma crença que, embora não conste em tratados filosóficos, move sociedades inteiras: o amor permanece como a narrativa mais resistente do mundo contemporâneo. “O Amor Mandou Mensagem” parte desse pressuposto com uma premissa aparentemente trivial: uma mulher enviando mensagens para um número que já não pertence ao homem que amou, mas tenta desenvolver daí uma reflexão sobre o luto, o apego e a reconstrução possível do desejo.

O filme mais desconfortável, belo e aterrador do último ano chegou ao Prime Video Divulgação / C2 Motion Picture Group

O filme mais desconfortável, belo e aterrador do último ano chegou ao Prime Video

Ambientado nos anos 1990, o filme acompanha uma investigação que escapa ao protocolo e toca crenças íntimas. Entre sinais religiosos, pistas analógicas e pressões institucionais, a narrativa observa como a ideia de mal pode contaminar relações, escolhas e lembranças. Osgood Perkins prefere a sugestão ao excesso explicativo e conduz um jogo de pistas que valoriza o silêncio, o espaço e o rosto dos intérpretes. O resultado mantém o suspense em ebulição contida e transforma a perseguição policial em estudo de medo e herança afetiva.

Um filme no Prime Video sobre recomeços e afetos que permanecem — para renovar o ânimo e abraçar a vida Divulgação / Focus Features

Um filme no Prime Video sobre recomeços e afetos que permanecem — para renovar o ânimo e abraçar a vida

Baseado no livro de Sigrid Nunez, o longa acompanha uma escritora que recebe de herança um dogue alemão do melhor amigo e precisa refazer horários, afetos e trabalho em uma cidade apertada para corpos e saudades. A direção aposta na observação, no humor seco e em silêncios que deixam a dor respirar. Sem truques de comoção, o filme prefere registrar gestos diários, dando ao vínculo humano-animal peso dramático e medida ética, enquanto a protagonista redescobre como ocupar o espaço que ficou vago.